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Sábado, 20 de abril de 2024

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Casal gay diz ter sido agredido por guardas municipais em Piracicaba (SP)

Foto: Reprodução/Ilustração

Victor Hudson Passeri Barrose a namorada, Suzi, dizem terem sido agredidos a coronhadas por guardas civis de Piracicaba

Victor Hudson Passeri Barrose a namorada, Suzi, dizem terem sido agredidos a coronhadas por guardas civis de Piracicaba

Um casal de homossexuais denunciou dois guardas civis de Piracicaba (a 164 km de São Paulo) por agressões motivadas por homofobia. Segundo o casal, na última quinta-feira (28) eles foram chamados de "viadinhos", "gayzinhos" e "noias" e levaram coronhadas dos guardas, que chegaram a disparar três tiros em direção à moto na qual os dois estavam. A Guarda Municipal informou que a denúncia será investigada.


Victor Hudson Passeri Barros, 19, levava a namorada, a travesti e cabeleireira Suzi, cujo nome de batismo é Fausto Barreto, até a casa dela. Quando chegou ao local, Suzi desceu da motocicleta que e retirou o capacete, indo em direção a ele para dar um beijo de despedida.

Nesse momento, dois guardas municipais, um homem e uma mulher, que estavam em uma viatura, teriam deixado o veículo e começado a proferir as ofensas.

"Eles chegaram me chamando de viadinho. (...) E aí começaram a dar coronhadas na minha cabeça e na da minha namorada", disse ele. "Nunca tive problema com nenhum policial. Não sei quem são eles, mas sei que os conheço de vista."

De acordo Suzy, a ação transcorreu sem conversa. "Eles já chegaram xingando e batendo. Eles deram três tiros, sendo que um atingiu a moto, o outro foi dado ao lado da orelha do meu namorado e o terceiro foi para cima", disse.

Depois, o casal ainda teria levado mais coronhadas e socos. "Eu não apanhei mais porque corri, saí de perto deles. Aí comecei a fazer escândalo, alguns carros começaram a parar e eles foram embora", contou.

Eles decidiram então chamar a polícia, que chegou ao local e recolheu as cápsulas dos disparos da arma de fogo. De acordo com o boletim de ocorrência sobre o caso, três cápsulas foram apreendidas pela Polícia Militar e entregues à Polícia Civil, que conduzirá as investigações.

Como estavam machucados, eles foram encaminhados a uma unidade de saúde da cidade, onde receberam atendimento médico e foram liberados. Eles foram até o Plantão Policial, onde registraram a ocorrência e, na sexta-feira (29), fizeram exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). "Estou com duas contusões na cabeça e o pulso machucado. Fora as marcas no rosto", disse Barros.

Ele contou ainda que houve duas testemunhas que presenciaram a ocorrência e que estão dispostas a depor. "Elas irão, mas não vou revelar quem são. O que quero é que esses monstros sejam impedidos de trabalhar nas ruas de novo", disse Barros.

A reportagem tentou localizar os guardas, mas foi informada pela Guarda Civil que os nomes deles não seriam divulgados. A instituição disse, em nota, que irá apurar o caso e confirmou que houve abordagem ao casal, mas não as agressões.

"A viatura vinha em direção à sede da Guarda para encerrar o serviço quando passaram a ser acompanhados por uma moto com dois ocupantes. A moto ultrapassou a viatura e parou em um recuo logo à frente. Os guardas, informados sobre possíveis ataques a policiais e guardas, pararam e abordaram os ocupantes da moto, sendo um deles travesti conhecido como Suzy, que começou a gritar", diz a nota.

Segundo a corporação, outras travestis se aproximaram do local e houve necessidade do disparo de arma de fogo, para o alto, de forma a "assegurar a integridade dos ocupantes da viatura".





 
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