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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Centro espacial francês dá por perdidos os 2 primeiros satélites do Galileu

Os dois primeiros satélites operacionais do sistema de navegação geoespacial europeu Galileu, situados em uma órbita errada, não servirão para o mesmo, segundo o representante do projeto e presidente do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) da França, Jean-Yves Le Gall. Enquanto a ESA (em português, Agência Espacial Europeia) se mostra prudente sobre o uso desses dois aparelhos, posicionados na sexta-feira passada (22) em uma órbita errada e com os quais se tem contato da Terra, Le Gall foi muito mais taxativo ao indicar à revista Usine Nouvelle que não servirão para o sistema de navegação via satélite com o qual a Europa quer concorrer com o GPS dos Estados Unidos.


— Não serão recuperáveis (para a navegação) porque sua órbita não é circular como deveria ter sido e portanto não estão em boa situação em um plano orbital. Não poderão, portanto, servir à missão Galileu.

Le Gall assinalou que, no entanto, "Doresa" e "Milena", o nome dos dois satélites, poderão servir para "fazer testes de órbita e validar seu funcionamento". O responsável do centro espacial francês disse que "as consequências" deste erro "serão limitadas", embora possam provocar um atraso nos seguintes envios de satélites da constelação Galileu. Para isso, assinalou, é preciso que se conheçam o mais rápido possível os motivos do erro, para poder continuar imediatamente com o programa de lançamento, que prevê um novo em dezembro próximo.

O Galileu deve ser constituído por 24 satélites, dos quais seis são de reposição, lembrou Le Gall. À espera de conhecer as primeiras conclusões da comissão de investigação criada para analisar este erro, previstas para o próximo dia 8, Le Gall – que durante anos presidiu o consórcio de plataformas de lançamento espaciais Arianespace, responsável pelo mesmo – emitiu suas primeiras hipóteses.

— O mais provável é que a disfunção tenha acontecido no quarto estágio da Soyuz, chamado Fregat, que situa os satélites em sua órbita definitiva após duas impulsões consecutivas. Por um motivo ainda desconhecido, o segundo impulso não foi realizado na boa direção.

Le Gall assinalou que o foguete russo Soyuz não é o culpado pelo erro, mas o sistema Fregat, concebido conjuntamente por russos e europeus. Para o presidente do CNES se trata "de um erro de produção" que pode estar ligado aos problemas atravessados pela indústria espacial russa nos últimos anos.

— A comissão de investigação deve determinar se se trata de um elemento mal programado ou de um equipamento defeituoso.
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