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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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'Chuva de meteoros' é registrada por fotógrafo na zona rural de Itapeva, SP

'Chuva de meteoros' é registrada por fotógrafo na zona rural de Itapeva, SP
Felipe Jonhson esperou duas horas para fazer imagens do fenômeno.

Astrônomo afirma que o fenômeno se estenderá até 23 de agosto.

Um morador de Itapeva (SP) ficou mais de duas horas no acostamento de uma rodovia para acompanhar uma 'chuva de meteoros'. O fenômeno foi registrado pelo fotógrafo e jornalista Felipe Johnson, de 21 anos, na noite de terça-feira (29). O fotógrafo conta ter se surpreendido com a beleza da série de fotografias tiradas por ele.

"Fiquei sabendo que aconteceria o fenômeno. Me preparei junto com outros três amigos para registrarmos a chuva. Foi a primeira vez que fotografei o céu e achei incrível. Adorei o resultado das fotos, foi uma grande experiência pessoal e profissional", afirma.

Johnson utilizou a técnica fotográfica de longa exposição para capturar as imagens. Como não tinha noção de qual ponto do céu aconteceria a chuva, ele escolheu fotografar o evento astrônomico no meio da Rodovia Pedro Rodrigues Garcia (SP-249), na zona rural da cidade. Isto para que não houvesse interferência de luz artifical e a chuva de meteoros poderia ser vista mais facilmente.

"Não tinhamos nenhuma orientação astrônomica para qual ponto observar. Só mesmo estando no meio de uma rodovia, na escuridão, é que foi possível enxergar o fenômeno. Só fiquei um pouco triste porque o pico da chuva aconteceu por volta das 2 horas de quarta-feira, e como tinha que trabalhar cedo, às 8h, tive que fazer as fotografias por volta das 20h de terça", brinca.

Mais chuvas previstas

De acordo com o astrônomo coordenador do planetário de Tatuí (SP) e co-autor do livro Fundamentos de Astronomia, Luis Marino, a chuva de meteoros registrada por Jonhson aconteceu em um ponto do céu conhecido como Delta Aquarídeos do Sul.

O especialista conta que o fenômeno começou em 21 de julho e se estende até o dia 23 de agosto. O pico da chuva foi na terça-feira, quando puderam ser vistos de 15 a 20 meteoros por hora, uma boa média comparada a outras chuvas, segundo Marino. "As chuvas de meteoro ocorrem com certa frequência. Por exemplo, em 2 de agosto teremos uma chuva na direção do Alfa Capricornídeos com a expectativa de cinco meteoros por hora.

Em 12 de agosto também está prevista uma chuva, desta vez na Costelação de Perseus, a chuva deve conter cerca de 75 meteoros por hora."

Marino explica que a chuva de meteoros é um evento causado pela passagem de uma espécie de 'enxame' de pedras e ferro espacial pelo planeta. Esse material é derretido na atmosfera antes de chegar ao solo. "Quando se fala em chuvas de meteoro não se trata de uma quantidade absurda de meteoros passando pelo céu. É preciso ter paciência, pois elas passam esporadicamente de acordo com a 'vontade' delas. Nenhuma dessas chuvas pode causar dano ao planeta", ressalta.

"A chuva dura algumas horas devido ao encontro entre a terra que está se movendo e o enxame de matéria, que estão distantes mas seguindo pela mesma direção. Quando essas rochas estão caindo pelo céu terrestre são chamadas de meteoro ou estrela cadente, e quando, na minoria dos casos, chegam ao chão são chamadas de meteoritos ou meteoroide", explica Marino.
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