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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Cientistas cancelam folgas de fim de ano para estudar o vírus zika em SP

Os cientistas da rede de pesquisa montada em São Paulo para pesquisa do vírus zika vão passar o recesso de Natal e Ano Novo trabalhando para estudar a doença. Pelo menos 160 pesquisadores, distribuídos por 31 laboratórios pelo estado, estão com projetos em andamento.


Na terça-feira (22), o ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), da USP, já tinha conseguido manter culturas do vírus em células -- algo necessário para uso em experimentos e para diagnósticos por DNA. As primeiras fêmeas de camundongo grávidas foram infectadas na véspera de Natal, para um estudo que busca mostrar como o zika pode estar causando casos de microcefalia, fenômeno registrado sobretudo no Nordeste.

Segundo os cientistas, a expectativa é que, dentro de pouco mais de um mês, já exista um exame para diagnosticar o zika por sorologia, um exame mais prático, barato e versátil que o de DNA. Isso será essencial para avaliar a situação do zika em São Paulo, onde se suspeita que muitos diagnósticos de dengue sejam na verdade casos de zika.

"Os dias em que esse vírus passa circulando invisível já estão contados", afirma Paolo Zanotto, do ICB, que está agora coordenando a rede de pesquisa. A criação da força tarefa partiu de uma iniciativa dos próprios cientistas, há mais de um mês, que movimentaram verbas de outros projetos para começar a trabalhar no zika.

6 desafios da força-tarefa contra o zika

1) explicar como o zika causa microcefalia
2) entender os efeitos do zika no sistema nervoso
3) identificar fraquezas no DNA do Aedes para combatê-lo
4) desenvolver meios alternativos contra o mosquito, como a bactéria que produz inseticida
5) entender a interação das doenças transmitidas pelo Aedes
6) mapear o vírus em SP

A Fapesp (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo), nesta semana, repassou aos cientistas um montante de R$ 516 mil para início dos trabalhos em caráter emergencial.

A maior parte dos grupos de trabalho envolvidos no projeto, 16, estão na USP. A Unesp tem 6, a Unicamp tem 3, o Instituto Butantan 2. A Unifesp, a Faculdade de Medicina de Jundiaí e a Famerp têm, cada uma, um grupo até agora.
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