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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Cientistas da USP testam substância da maconha para tratar Parkinson

Os primeiros resultados com o canabidiol foram animadores.

Novo tratamento não provoca efeitos colaterais dos remédios convencionais.

Cientistas brasileiros testam um remédio, que tem como base uma substância presente na maconha, para tratar sintomas do Mal de Parkinson. Os primeiros resultados deixaram os pesquisadores animados.

As noites nunca são tranquilas para quem sofre do Mal de Parkinson. A doença atinge o sistema nervoso central e provoca tremores e rigidez muscular, sintomas que incomodam de dia e atrapalham muito o sono, de noite.

Há três décadas, pesquisadores da USP de Ribeirão Preto pesquisam o uso de canabidiol, presente na maconha, no tratamento de sintomas da doença.

A cannabis sativa, a planta da maconha, tem pelo menos quatrocentos tipos de substâncias canabinoides, mas apenas uma delas tem o THC, o princípio psicoativo da droga "fumada".

Os pesquisadores isolaram outro tipo de canabidiol que se mostrou muito eficiente no controle  do Mal de Parkinson. O medicamento foi testado em 21 pacientes durante seis semanas.

O canabidiol selecionado não provoca alterações psicológicas. Ele é pesado e colocado em cápsulas com óleo em quantidades diferentes. Os pacientes foram divididos em três grupos: um deles recebeu uma dose de 300 miligramas; o outro 75 e o ultimo placebo, uma pílula com farinha, sem nenhum princípio ativo.

O resultado foi animador: os que receberam a dosagem maior, por seis semanas, apresentaram melhoras nos sintomas, sem crises durante o sono. O estudo já foi publicado numa das principais revistas científicas de psiquiatria do mundo.

A principal vantagem desse tratamento é que ele se mostrou mais eficiente e sem os efeitos colaterais comuns aos remédios convencionais: como delírios e vontade de morder a boca.

“Eles melhoraram o bem estar, a qualidade de vida, a capacidade de interagir, de interatividade, de autonomia. E os próximos passos, a gente quer fazer um estudo maior, com uma mostra bem maior de pacientes e por mais tempo de tratamento", explica José Alexandre Crippa, pesquisador da USP.

Essa nova etapa da pesquisa, com mais pacientes, deve começar no ano que vem. A intenção é avaliar o efeito do remédio por pelo menos seis meses.

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