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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Circuito que a leitura ativa no cérebro não depende do alfabeto, diz estudo

Os diferentes sistemas de escrita adotam métodos bastante diversos para representar as palavras. Enquanto o alfabeto latino – usado em todas as línguas ocidentais, inclusive o português – se baseia no formato das letras, que pode variar bastante de acordo com a fonte sem afetar a compreensão, outras escritas – como a chinesa – dependem de uma reprodução realista da caligrafia.


Apesar das diferenças significativas na forma como cada sistema funciona, os circuitos cerebrais utilizados no processo são os mesmos. A conclusão é de um estudo publicado nesta segunda-feira (26) pela “PNAS”, a revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

A equipe liderada por Stanilas Dehaene, do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica, da França, comparou a forma como franceses e chineses leem em seus idiomas – e alfabetos – nativos.

As palavras apareceram escritas de várias formas diferentes: em letra de forma ou cursiva, estática ou em movimento, no sentido tradicional ou ao contrário. Enquanto viam essas palavras, os participantes tinham o cérebro observado por um aparelho de ressonância magnética.

Em todos os casos, os especialistas notaram que as mesmas áreas do cérebro foram ativadas pelo exercício. “A rede [neural] subjacente para o reconhecimento visual de palavras pode ser mais universal do que se suspeitava previamente”, concluíram os autores.

O resultado aponta que, apesar de a escrita ser uma técnica relativamente recente – surgiu há cerca de 6 mil anos –, os circuitos cerebrais que ela utilizam já tinham sido desenvolvidos anteriormente.
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