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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Com o sorriso novo, jovem agredida dá recado para quem sofre ameaças

Foto: (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)

Júlia já colocou as próteses no dente

Júlia já colocou as próteses no dente

Júlia Apocalipse, a estudante de 13 anos que foi agredida em Sorocaba por uma jovem de 16 e perdeu dois dentes e ficou com diversos hematomas por conta da violência, já está com o sorriso novo. Na quarta-feira, 17, a menina implantou os dentes e colocou aparelho fixo.


Nos bastidores do Encontro, já com a autoconfiança um pouco recuperada, a jovem mandou um recado para meninas que sofrem agressões ou ameaças.

“Quando a pessoa é ameaçada, ela tem que contar para alguém. Quando fui ameaçada em uma rede social, não contei para os meus pais e se eu tivesse contado, isso não teria acontecido comigo. Confie sempre nas pessoas que estão do seu lado, procure saber quem são seus amigos de verdade. Achava que tinha amigos de verdade, mas quando mais precisei, reconheci que meus amigos são meu pai e minha mãe. Também queria dizer para as pessoas que elas têm que querer a justiça, mas não com as próprias mãos, devem procurar a lei. E força para que tudo dê certo”, disse Julia.

Júlia também mandou uma mensagem para os agressores: "Quero dizer que isso não leva a lugar nenhum, a pessoa só perde com isso, ela cria inimizades. A melhor coisa é você ter amizade com todo mundo. Agredir e humilhar não leva a nada".

Júlia no Encontro

Durante o Encontro, a jovem ainda confidenciou à Fátima que "tudo mudou em sua vida" após o ocorrido. "Eu estou indo à psicóloga porque a cena vem o tempo todo na minha cabeça".

Segundo a estudante, a violência que sofreu foi gratuita. "Eu gosto muito de tirar fotos, tinham muitos comentários e acho que isso causava raiva nos outros". Na delegacia, a agressora contou que espancou Júlia porque ela xingou uma amiga. Sobre essa informação, a estudante explicou: “Essa menina ainda não apareceu na história, não sei quem é, mas mesmo que tenha acontecido, não é motivo para a agressão”.

Embora muitas pessoas tenham assistido à cena de violência, Júlia não foi socorrida. "Na hora que eu fui agredida, tinha muita gente em volta e ninguém fez nada. Tinham meninas que não deixavam ninguém entrar no meio. Tinha uma inspetora na porta, mas não me ajudou".

Débora, mãe da menina que também esteve no Encontro, lembrou que ficou sabendo do que tinha acontecido com a filha através da irmã da menina: “Eu estava trabalhando, e recebi uma ligação da minha outra filha. Liguei para o meu esposo contando o que aconteceu. Não sabia qual era a situação dela porque durante a agressão ela chegou a desmaiar. Para a gente foi uma coisa que não teve cabimento. Vi minha filha uma hora depois no hospital, e não acreditava no que estava acontecendo”.

Após o trauma, Débora  disse que é hora de cuidar do psicológico da filha: “Esse ano ela não vai mais para a escola e, no ano que vem, a gente pretende mudá-la de escola porque ela não tem mais condição psicológica de ficar lá”.

Entenda o caso:

Júlia foi agredida por uma jovem de 16 anos na saída da escola em que estudava, em Sorocaba, São Paulo. Segundo o pai da jovem, a violência teria sido motivada por inveja, por Júlia ser bonita. De acordo com a menina, ela foi ameaçada por uma pessoa que dizia não gostar dela.
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