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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Como o mundo muçulmano vê o 'Estado Islâmico?'

Como o mundo muçulmano vê o 'Estado Islâmico?'
A maior parte da população dos países islâmicos têm uma opinião desfavorável ao "EI", segundo mostra uma pesquisa recente.


O estudo realizado pelo Pew Research Centre Global Attitudes revelou que mais de três quartos das pessoas que responderam a pesquisa nos territórios da Palestina, Jordânia e Indonésia não aprovam o grupo extremista – assim como 91% dos árabes de Israel.

No Líbano, a taxa de desaprovação ao "Estado Islâmico" esteve perto de 100% - ainda que a pesquisa tenha sido realizada há alguns meses, bem antes das bombas recentes que explodiram em Beirute deixando dezenas de mortos há duas semanas.

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A maioria dos cristãos e muçulmanos xiitas do Líbano que responderam a pesquisa tinham também uma visão negativa do gupo – assim como 98% dos libaneses sunitas.

A Nigéria foi o país que demonstrou o "maior apoio" ao "EI", ainda que o conflito com os militantes islâmicos do Boko Haram – que têm ligações com o "EI" – tenha deixado pelo menos 17 mil mortos desde seu início em 2009, de acordo com a Anistia Internacional, além de milhões de desabrigados.

Cerca de 14% dos nigerianos tiveram uma opinião favorável ao grupo extremista. Supreendentemente, talvez, esse número inclui 7% de nigerianos cristãos que responderam a pesquisa.

Mansur Liman, chefe do serviço Hausa da BBC, disse que uma pesquisa anterior mostrava que a Nigéria era um dos países mais religiosos do mundo – o que talvez explique a aceitação deles de grupos militantes religiosos.

"Há muitas pessoas na Nigéria que não têm uma ideia clara sobre o que o 'EI' está fazendo e consideram que a maioria das reportagens sobre o grupo na mídia são influenciadas pela visão do Ocidente sobe o Islã", ele acrescentou.

Mas foi no Paquistão que o apoio ao "Estado Islâmico" impressionou. Apesar de só 9% dos paquistaneses terem uma opinião favorável ao grupo, 62% ainda estavam "formando sua opinião" sobre os extremistas.

Segundo o representante da BBC Urdu Haroon Rashid, parte dos "paquistaneses indecisos" poderiam ser simpatizantes ou apoiadores do grupo.

"A vida está realmente difícil para qualquer militante no Paquistão nesses dias por causa da repressão do governo. Por isso, eles não querem se revelar como apoiadores do 'EI', até mesmo em uma pesquisa anônima."

Por outro lado, outros dos indecisos podem desconfiar dos motivos do repentino "sucesso" dos extremistas do "EI".

"A suspeita geral é de que poderia haver um grande poder usando o 'EI' em benefício de sua agenda", diz Rashid.
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