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Segunda-feira, 18 de março de 2024

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Conexão Cuiabá - Santa Cruz promete deixar Mato Grosso ‘independente’ do eixo Rio-São Paulo

Foto: Reprodução

Empresa boliviana com 15 anos de experiência encara desafio de

Empresa boliviana com 15 anos de experiência encara desafio de

Desde 1998, Cuiabá não opera com voos internacionais, quando o alfandegamento foi retirado do Aeroporto Marechal Cândido Rondon. Agora, com o advento da Copa do Mundo, a realidade muda. Aviões vindos diretos do Chile vão desembarcar na cidade com milhares de torcedores de “La Roja”, a seleção chilena, e vôos diários vão interligar a Capital mato-grossense com Santa Cruz De La Sierra, o motor econômico da Bolívia.

Após a Copa, a ideia é manter a ponte-aérea com o país vizinho e tornar o Centro Geodésico da America do Sul independente do eixo Rio-São Paulo para vôos internacionais. A ponte Cuiabá-Santa Cruz, que será feita pela empresa Amaszonas, além Mato Grosso a uma das mais importantes cidades do continente, servirá para diminuir os preços e encurtar horas vôos para todos os locais das Américas, além de também para alguns destinos na Europa.

Com seus jatos Bombardier, de 50 lugares e bancos de couro, a Amaszonas levará passageiros de Cuiabá para Santa Cruz três vezes por semanas – terças, quintas e sábados -, com 1h20 de viagem. Os aviões sairão às 23h40 e chegarão à 1h. De lá, a mesma empresa pode levar para La Paz e Cochabamba, também na Bolívia, com chegada às 3h30 e 2h45, respectivamente, ou para um dos maiores centros turísticos sul-americano: Cuzco, no Peru, com chegada prevista para às 11h15.

“Atualmente, quem quer ir para Macchu Pichu (Em Cuzco) precisa fazer conexão em São Paulo e depois em Lima (Peru), aonde precisam pernoitar. Só depois iriam para Cuzco. Agora, será muito mais rápido e muito mais barato”, resumiu Orion Gutierrez, diretor e proprietário do Grupo Tuitur (CVC-Mato Grosso), empresário com mais de 30 anos de experiência no ramo do turismo e pioneiro na integração Cuiabá-Santa Cruz na década de 1990.

E além da redução do tempo de viagem, o preço também cai. Enquanto com a conexão via São Paulo o custo gira em torno de U$ 1.400, através de Santa Cruz o preço cai para U$ 599. O mesmo vale para quem deseja ir para Miami, nos Estados Unidos da América. De U$ 1.100 o preço cai para U$ 699, e o tempo da viagem será reduzido em cinco horas.

Reunião entre o ministro do Turismo, Vinicius Lajes, e o governador Silval Barbosa (PMDB), em que foi anunciada a rota aérea Cuiabá-Santa Cruz de La Sierra

Outra vantagem será a possibilidade de fazer conexões com várias empresas, como a Copa Airlines, Avianca, Aerolineas Argentinas, Air Europa, BoA e outras. Dessa forma, é possível sair de Santa Cruz para os mais diversos destinos, como a já dita Miami, voar direto para Madrid, na Espanha, ou para Panamá City, aonde fica o maior hubby de conexões da América Latina, com conexões para qualquer ponto das Américas, pontos estratégicos da Europa.

“Nós ficamos de costas para o Oceano Pacífico por muito tempo. Não faz sentido ir para São Paulo e depois ter que voltar aqui por cima também. Estamos no Centro Geodésico da América do Sul. Temos que aproveitar essa situação estratégica. E com a saída para Santa Cruz nós deixaremos de depender de São Paulo para ir para fora do país. Santa Cruz é a São Paulo da Bolívia, guardadas as devidas proporções. É a capital econômica de lá, a cidade que mais cresce na América Latina”, ponderou Oiran.

Os voos da Amaszonas entre Cuiabá e Santa Cruz de La Sierra começarão a funcionar no dia 2 de junho, e durante o mês da Copa do Mundo terão frequência diária. Depois terão saídas três vezes por semana, terças, quintas e sábados, sempre às 23h40, a um custo de U$ 146, ida e volta, segundo o site da companhia.
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