A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) informou ao Olhar Direto que as obras de reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), estão paralisadas desde a Copa do Mundo de 2014. A informação é de que o Consórcio responsável não retomou os trabalhos. O custo aos cofres públicos é de R$ 98,68 milhões.

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A assessoria de imprensa da Infraero explicou à reportagem que as obras do Aeroporto de Cuiabá seguem paralisadas e sem prazo para serem concluídas: “Em agosto, após a Copa, a Infraero redefiniu o cronograma dos trabalhos, que teria conclusão prevista para dezembro de 2014. O consórcio responsável pelas obras, todavia, não retomou os serviços”.
 
A empresa ainda afirmou que já acionou o Governo do Estado, responsável pela contratação da obra, sobre o assunto e ainda aguarda um posicionamento. O prazo para a conclusão da reforma e ampliação no novo cronograma seria dezembro deste ano. Segundo a Infraero, R$ 98,68 milhões já foram investidos no local.
 
Sobre o relatório do Crea-MT (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso), de que havia falhas no projeto do novo terminal, a Infraero pontuou que a informação não procede e que “a obra foi construída conforme o projeto executivo e não houve nenhuma crítica e/ou manifestação do consórcio durante a execução deste serviço referente a falhas de projeto”.
 
Problemas
 
Vale lembrar que partes do forro de PVC do Aeroporto de Cuiabá caíram após fortes ventos na região em duas ocasiões. Em nenhum delas houve feridos e os prejuízos foram apenas materiais. Por conta disto, o forro da marquise do terminal foi todo retirado: “Em outubro, a Infraero decidiu retirar estes objetos de lá por questões de segurança”.
 
Sem voo internacional
 
O atraso nas obras de reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon prejudicou também o turismo do Estado. A capital mato-grossense chegou a contar com um voo para Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) que foi suspenso após o Mundial de 2014. A Receita Federal não estendeu a portaria, já que os serviços não foram finalizados e não haveria espaço e nem efetivo para atuar na fiscalização.
 
Outro lado
 
A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), porém, até a publicação desta matéria não houve resposta.