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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Corpo de mãe do menino Bernardo é exumado em cemitério no RS

Foto: (Foto: Reprodução/TV Globo)

Inquérito foi aberto para esclarecer morte de mãe de Bernardo

Inquérito foi aberto para esclarecer morte de mãe de Bernardo

O corpo de Odilaine Uglione, mão do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril do ano passado, foi exumado na manhã desta terça-feira (11) em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul.


Em maio, a Justiça determinou, a pedido da família de Odilaine, a reabertura da investigação sobre a morte dela, dada inicialmente como um suicídio. A família acredita que ela possa ter sido morta pelo ex-marido.

A mãe de Bernardo foi encontrada morta em 2010, dentro da clínica do marido, o médico Leandro Boldrini, na cidade de Três Passos, no Noroeste do estado. À época, a polícia concluiu que ela cometeu suicídio com um revólver. Mas a defesa da mãe dela, Jussara Uglione, contesta essa versão e acredita que ela foi assassinada.

A Guarda Municipal isolou parte do Cemitério Municipal de Santa Maria, por volta das 7h30. O delegado Marcelo Lech, responsável pela nova investigação, coordenou o trabalho da perícia. O delegado não disse quando o laudo deve ficar pronto e informou apenas que o pedido de exumação foi feito pela Polícia Civil.

Desde a morte de Bernardo, a família de Odilaine tenta provar que ela também foi morta por Leandro Boldrini. O pai do Bernardo está preso há um ano e quatro meses pelo assassinato do menino. Também são acusados a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Eles respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros crimes.

A investigação sobre a morte de Odilaine foi reaberta por determinação da Justiça depois que uma perícia particular, contratada pela família, indicou que a carta suicida não teria sido escrita por ela. O bilhete foi encontrado dentro da bolsa de Odilaine, no dia da morte, em 10 de fevereiro de 2010.

O advogado da família de Odilaine, Marlon Taborsa, acompanhou a exumação:. “Pelo que pude observar, aquilo que nós suscitamos já, desde quando pedimos a reabertura, e agora acompanhando a investigação, se constata que realmente existem lesões ósseas compatíveis com a dúvida que nós suscitamos para ser investigada”, declarou.

De acordo com a perícia contratada pela família, a suposta carta de despedida de Odilaine teria sido escrita pela secretária de Boldrini. Além disso, os peritos também coloraram uma terceira pessoa dentro da sala da clínica médica, onde, em tese, estariam apenas Leandro Boldrini e Odilaine Uglione.

Relembre o caso
- O corpo de Bernardo foi encontrado pela polícia no dia 14 de abril de 2014, enterrado em um matagal de Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde a família residia. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril.

- Bernardo Boldrini foi visto vivo pela última vez no dia 4 de abril de 2014 por um policial rodoviário. No início da tarde, Graciele foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.




- Um vídeo divulgado em maio do ano passado mostra os últimos momentos de Bernardo. Ele aparece deixando a caminhonete da madrasta, Graciele Ugulini, e saindo com ela e com a assistente social Edelvânia Wirganovicz. Horas depois, as duas retornam sem Bernardo para o mesmo local.

- Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan. Graciele e Edelvânia teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois teriam recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo. A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita. A defesa do pai nega.

- Em vídeo divulgado pela defesa de Edelvânia, ela muda sua versão sobre o crime. Nas imagens, ela aparece ao lado do advogado e diz que a criança morreu por causa do excesso de medicamentos dados pela madrasta. Na época em que ocorreram as prisões, Edelvânia havia dito à polícia que a morte se deu por uma injeção letal e que, em seguida, ela e a amiga Graciele jogaram soda cáustica sobre o corpo. A mulher ainda diz que o irmão, Evandro, é inocente.
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