O corpo de Julio Arrabal será exumado. Ele é suspeito de ter assassinado a comissária de bordo Michelli Nogueira, encontrada morta dentro de uma mala no último dia 9. A informação foi dada por um dos delegados que investiga o caso, José Henrique Ventura 

— A exumação do cadáver será feita e nós estamos pedindo a agilidade das perícias da casa.
Segundo o delegado, a exumação é necessária, pois não se tirou sangue do corpo de Julio antes do enterro. Agora é preciso material genético dele para fazer o confronto.

— Tem sangue no lençol, no chão, na faca e eu quero material dele, inclusive que dê para efeito de DNA porque eu quero confrontar com o sangue. Nós apreendemos as coisas e eu preciso provar que o material que tem na casa é dele e dela e de mais ninguém.   

O confronto será feito até mesmo com o material encontrado embaixo da unha de Michelli.

Ventura explica que o pedido de exumação já foi enviado a Justiça, mas que ainda não se tem uma resposta. A investigação da morte da aeromoça está sendo conduzida pela Delegacia Seccional de Bragança Paulista. Já a de Julio pelo 4° Distrito Policial de Sumaré. Isso porque os corpos foram encontrados em locais diferentes. Por causa disso, será o DP de Sumaré quem acompanhará a exumação, se for autorizada.

O corpo de Julio Arrabal foi enterrado em um cemitério em Santo Antônio do Jardim, São Paulo.
O corpo de Michelli foi encontrado dentro da mala por um casal que procurava por um celular na mata na rodovia Dom Pedro I, km 50, sentido Igaratá, em Nazaré Paulista, a 53 km da capital.

O cadáver estava parcialmente dentro da mala, de barriga para cima e com as pernas para fora. A roupa estava levantada, fazendo com que a calcinha estivesse à mostra.

Michelli possuía um ferimento na cabeça e não tinha sinais de abuso sexual. Os policiais também notaram que ela sofreu ferimentos na boca, rosto e cabeça por algum objeto.

Um laudo necroscópico feito no corpo da vítima mostra que a causa da morte de Michelli foi esganadura, segundo o delegado José Henrique Ventura.
Já quando os investigadores chegaram à casa em que os dois viviam para conversar com o marido da comissária, na cidade de Sumaré, encontraram Julio Arrabal enforcado em um cômodo.

Na residência, a polícia civil encontrou drogas, bebidas, remédios e uma faca que pode ter sido usada no homicídio da vítima.

A família da aeromoça suspeita que uma terceira pessoa esteja envolvida com o assassinato e suposto suicídio de seu companheiro.