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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Costa diz à CPI que doadores de campanha não dão 'almoço de graça'

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou nesta terça-feira (5), em depoimento aos deputados da CPI que investiga desvios de recursos da estatal, que não há "almoço de graça" e que empresas fazem doações oficiais a campanhas eleitorais para “cobrá-los” depois.


Um dos argumentos utilizados pelo tesoureiro licenciado do PT, João Vaccari Neto, para justificar as doações obtidas de empresas investigadas na Operação Lava Jato é que foram realizadas legamente, mediante recibo e com registro na Justiça Eleitoral. O Ministério Público afirma que parte das doações oficiais a partidos foi feita com recursos oriundos do superfaturamento de obras da Petrobras.

De acordo com Paulo Roberto Costa, que negou conhecer Vaccari, várias doações oficiais dessas empresas são oriundas de propina obtida nos contratos entre Petrobras e empreiteiras. "Isso está se comprovando [pelas delações], que várias doações oficiais vieram de propina, isso está claro", afirmou. "Não existe almoço de graça”, disse Costa.

Segundo ele, não há empresas que doam para campanhas e não queiram recuperar o que foi doado. “Precisamos passar o Brasil a limpo e acabar com essa hipocrisia de que as empresas vão doar valores e que não vão cobrá-los lá na frente”, disse.

Questionado pelo relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), Costa reafirmou ter sido procurado pelo então presidente do PSDB Sérgio Guerra para que pagasse um suborno a fim de esvaziar a CPI da Petrobras em funcionamento na época. “Esse valor foi efetivado, foi pago e esse evento [a CPI] depois deixou de ter prioridade, efetividade. Isso está detalhado
É um fato real que ocorreu”, disse.

Ele também fez referência a um repasse para a campanha à reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2010. “Houve um contato, uma solicitação nesse sentido por um secretario dele que hoje ocupa uma vaga no Senado, dizendo que seria muito importante ter uma ajuda financeira para a campanha de governo no estado para o infelizmente falecido Eduardo Campos. Esse contato foi feito e o recurso, repassado”, relatou.

À CPI, Costa não mencionou o nome de Bezerra Coelho. Em depoimento dado em agosto do ano passado ao Ministério Público, ele relatou que, em 2010, Bezerra Coelho pediu R$ 20 milhões para a campanha à reeleição do então governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 2014. Na época, Bezerra Coelho era secretário de Desenvolvimento da administração de Campos. O senador nega a acusação.

'Arrependido'

No início do depoimento, Costa se disse “arrependido” e afirmou que espera que o “sacrifício” dele não seja "em vão". “Se eu pudesse voltar no passado nada eu faria. Eu espero que essa seja uma oportunidade para o Brasil passar a limpo uma série de coisas”, afirmou aos parlamentares.

Costa disse que estar “amargamente” arrependido e que não só ele, mas a sua família também está sofrendo. “Espero que o meu sacrifício não seja em vão”, afirmou.

Segundo ele, não há empresas que doam para campanhas e não queiram recuperar o que foi doado. “Precisamos passar o Brasil a limpo e acabar com essa hipocrisia de que as empresas vão doar valores e que não vão cobrá-los lá na frente”, disse.
Questionado pelo relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), Costa reafirmou ter sido procurado pelo então presidente do PSDB Sérgio Guerra para que pagasse um suborno a fim de esvaziar a CPI da Petrobras em funcionamento na época. “Esse valor foi efetivado, foi pago e esse evento [a CPI] depois deixou de ter prioridade, efetividade. Isso está detalhado

É um fato real que ocorreu”, disse.

Ele também fez referência a um repasse para a campanha à reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2010. “Houve um contato, uma solicitação nesse sentido por um secretario dele que hoje ocupa uma vaga no Senado, dizendo que seria muito importante ter uma ajuda financeira para a campanha de governo no estado para o infelizmente falecido Eduardo Campos. Esse contato foi feito e o recurso, repassado”, relatou.

À CPI, Costa não mencionou o nome de Bezerra Coelho. Em depoimento dado em agosto do ano passado ao Ministério Público, ele relatou que, em 2010, Bezerra Coelho pediu R$ 20 milhões para a campanha à reeleição do então governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 2014. Na época, Bezerra Coelho era secretário de Desenvolvimento da administração de Campos. O senador nega a acusação.

'Arrependido'

No início do depoimento, Costa se disse “arrependido” e afirmou que espera que o “sacrifício” dele não seja "em vão". “Se eu pudesse voltar no passado nada eu faria. Eu espero que essa seja uma oportunidade para o Brasil passar a limpo uma série de coisas”, afirmou aos parlamentares.

Costa disse que estar “amargamente” arrependido e que não só ele, mas a sua família também está sofrendo. “Espero que o meu sacrifício não seja em vão”, afirmou.

Indicação política
Costa contou que entrou na Petrobras na década de 1970 por meio de concurso público, mas que sempre soube que seria preciso ter uma indicação política para chegar à posição de diretor.

Segundo ele, isso passou a ser praxe a partir do governo José Sarney (1985-1989). “Era conversa comum dentro da Petrobras que esses cargos tinham que ter indicação política”, declarou.

Depoimentos anteriores

É a terceira vez que Paulo Roberto Costa é convocado ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre o esquema de corrupção que funcionava na estatal.

Em setembro passado, Costa esteve na CPI mista, formada por deputados e senadores, mas se recusou a responder às perguntas dos parlamentares.

Depois, ele voltou à CPI mista em dezembro para uma acareação com o ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró. O objetivo era esclarecer pontos divergentes entre os depoimentos dos dois. Em sua delação, Costa disse que Cerveró foi um dos beneficiários do esquema na Petrobras, o que foi negado pelo ex-colega.
Costa foi preso em março do ano passado durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele foi solto em maio, mas acabou voltando para a prisão em junho a pedido do Ministério Público, que temia que ele fugisse. Em outubro, após ter sido homologada pela Justiça a sua delação premiada, Costa passou para o regime domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

Se confirmadas as informações que deu a policiais e procuradores com base na delação premiada, o ex-diretor poderá ter a pena reduzida.
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