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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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indenização

Defesa de jovens que caíram em shopping pede total de R$ 3 milhões

Foto: Julia Munhoz/OD

Advogados e pais da estudante Keisa Siqueira

Advogados e pais da estudante Keisa Siqueira

Os advogados que representam os familiares dos estudantes Marcelinos Santos, 15 anos, e Keisa Siqueira Santos, 12 anos, mortos após caírem do telhado do Pantanal Shopping (de uma altura de 12 metros), questionaram a conclusão do inquérito da Polícia Civil, que não responsabilizou ninguém pela morte dos menores. A defesa contesta a negligência e imperícia, confirmada nos autos, quanto ao socorro prestado aos adolescentes. A indenização que será solicitada é de R$ 1,5 milhão, por família.


Keisa e Marcelino morreram em junho de 2011, quando subiram ao telhado do Shopping acompanhados de mais sete colegas. Além das vítimas fatais, outros dois menores também caíram do telhado. Segundo os advogados Marcelon Macedo e Mauro Benites, o Pantanal deve ser responsabilizado por não ter prestado socorro às vítimas da forma correta.

“Os médicos e enfermeiros das duas equipes da Help Vida e Samu são unânimes em afirmar que os funcionários do shopping não respondiam às perguntas necessárias ao atendimento aos adolescentes”, asseverou Marcelon.

Conforme o inquérito, Marcelino caiu sobre Keisa e, no momento de socorrê-los, a equipe do Pantanal Shopping, formada por um técnico do trabalho, um vigilante, um técnico de manutenção elétrica, um técnico de segurança e uma bombeiro civil, retiraram o garoto de cima da menina e a levaram em uma maca para uma sala de urgência.Após a remoção de Keisa, eles retornaram ao local, com a mesma maca e, também,  conduziram Marcelino.

Os adolescentes caíram no corredor do cinema no terceiro piso e foram removidos para o primeiro piso sem os devidos equipamentos de segurança. Já na sala, uma equipe da Help Vida teria entubado a garota de forma errada e negligenciado no atendimento ao menino, que apresentava um quadro de hemorragia interna e havia ficado no chão.

Segundo os advogados, Marcelino só foi socorrido uma hora após a queda quando uma equipe do Samu chegou ao local e constatou que o estado dele era grave e que Keisa fora socorrida de forma errada. “No inquérito todos afirmam categoricamente que houve negligência. Isso [foi ou] não foi omissão de socorro?”, questionou a defesa.

Os advogados afirmaram na manhã desta sexta-feira (20), durante uma coletiva, que irão entrar com uma Ação de Responsabilidade Civil, alegando negligência, no caso de Marcelino, e imperícia, quanto ao atendimento a Keisa, além de indenização avaliada em R$ 1,5 milhão para cada família. Sobre a responsabilidade criminal, eles irão aguardar a manifestação do Ministério Público e, caso a promotoria não promova nenhuma ação, devem provocar o juiz para remeter a decisão ao procurador geral do MPE, Marcelo Ferra.

Conclusão do inquérito

A delegada Alexandra Campos Mensch Fachone, da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), concluiu o inquérito policial da morte dos adolescentes, recentemente, sem responsabilizar nenhuma pessoa diretamente relacionada com os fatos.

Segundo informações da assessoria da Polícia Civil, os inquéritos policiais foram encaminhados no final da tarde de sexta-feira (13) à Justiça. Agora, cabe ao Ministério Público, titular da ação penal pública, analisar se cabe uma eventual responsabilização criminal.
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