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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Deputada aciona Mesa contra colega por suposta ofensa moral em plenário

A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) entrou nesta sexta-feira (27) com uma representação na Mesa Diretora da Câmara contra o colega Roberto Góes (PDT-AP) alegando ter sido ofendida por ele em plenário durante a sessão de quinta (26).


Ela pede que o caso seja enviado ao Conselho de Ética para que ele receba uma censura por escrito.

A reportagem não conseguiu localizar Góes nesta sexta. Logo após o episódio, porém, ele disse aoG1 que houve “apenas uma discussão acalorada, típica do Parlamento”. “Não houve agressão, não houve falta de respeito”, disse o deputado, acrescentando estar com a “consciência tranquila” sobre o ocorrido.


A representação deverá ser encaminhada pelo comando da Câmara para a Corregedoria da Casa, a quem caberá elaborar um parecer. Com base nessa análise, a direção decide se envia ou não o caso para o Conselho de Ética.

Na representação, Janete afirma ter sido “severamente constrangida (...) com palavras de desonra e postura agressivamente ameaçadora”. Ela diz que Góes só não chegou “a vias de fato” de agredi-la devido à intervenção do deputado João Fernando Coutinho (PSB-PE), que se posicionou entre os dois. Segundo a deputada, houve uma “afronta despropositada”.

Adversários históricos no estado do Amapá, Janete e Góes tiveram um embate acalorado durante uma sessão de debates na quinta.

A polêmica começou quando, da tribuna, a deputada fez dois breves discursos com duras críticas ao atual governador, Waldez Goés (PDT), que é primo de Roberto Góes. Janete é mãe de Camilo Capiberibe (PSB), que governou o Amapá de 2010 a 2014 e perdeu a reeleição para Waldez, que já havia comandado o estado de 2003 a 2010.

Em sua fala, a deputada acusou Waldez de fazer gastos abusivos ao aumentar o seu salário e o de seus secretários, além de autorizar uma reforma na residência oficial, ao mesmo tempo em que decreta emergência na área da saúde.

“Em resumo, Waldez desmonta os serviços da população para transformar o estado numa farra dos seus apaniguados. Seu governo anterior terminou na [Penitenciária da] Papuda por desviar 1 bilhão de reais”, disse Janete. Em 2010, quando já havia deixado o governo para disputar o Senado, Waldez chegou a ser preso pela Polícia Federal.

Enquanto ela discursava, Roberto Góes usou um dos microfones do plenário destinados para apartes e, em tom exaltado, disse que as acusações se tratavam de mentiras.

Quando ela desceu da tribuna, ele foi em direção à deputada com a intenção, segundo testemunhas, de intimidá-la.

Coutinho contou que estava próximo da deputada e interveio, colocando-se entre os dois, para pedir calma a Góes.

“Ele foi com o dedo em riste tentando intimidá-la e acuá-la. Entrei no meio e pedi que ele se acalmasse, se afastasse, que buscasse uma outra medida, que subisse à tribuna e rebatesse o discurso”, relatou Coutinho.

Em sua defesa, Góes garante que não tinha intenção de agredi-la e que se exaltou porque a deputada teria dito mentiras. “Ela dizia mentiras. Foi o filho dela que deixou o estado quebrado.”
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