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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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suspeita de sequestro

Deputado afirma que falta de ação em desaparecimento de criança mostra descaso da segurança

Foto: Arquivo Pessoal

Flavinho desapareceu em 18 de janeiro de 2015

Flavinho desapareceu em 18 de janeiro de 2015

A falta de ação da Polícia Civil na investigação do desaparecimento do menino Flavio Henrique da Silva, de apenas três anos, mostra o descaso da pasta de Segurança Pública com a população, de acordo com o deputado estadual Zé do Pátio (SD). O menino, então com dois anos, desapareceu em 18 de janeiro, em um sítio em Peixoto de Azevedo (691 km de Cuiabá), quando visitava parentes.


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“A gente sente um descaso do poder público. É uma família pobre que me procurou, estou conhecendo eles hoje. Estão angustiados porque não acham o filho. Vejo o descaso da segurança, essa falta de compromisso. Fico indignado, enojado. O caso do Flavio Henrique é um exemplo de vários outros casos. A gente vê falta de compromisso com a cidadania. Eu me coloco no lugar deles. Sou pai”, disse Pátio.

Os pais do menino, a dona de casa Silvana Aparecida da Silva e o pastor da Assembleia de Deus Flavio Conceição da Silva, compareceram à reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (4), para relatar o drama que vivem. Eles suspeitam que o menino tenha sido sequestrado por um casal de conhecidos que estava na localidade naquele dia. Porém, alegam que a polícia não investigou as suspeitas do casal.

“Qualquer um que for à região vai ver que é impossível uma criança desaparecer naquele local. Se ele estivesse no pasto ou na mata, nós teríamos encontrado. Se tivesse ido andando pela estrada, teríamos chegado a ele a tempo. Nós procuramos até às 3h da manhã naquele dia. E procuramos por muitos dias. O que nos mantém de pé é termos muita fé e esperança de encontrá-lo”, disse Flavio.

Silvana destacou o desinteresse do antigo delegado de Peixoto, substituído há cerca de 15 dias, pelo caso. “Ele disse para a gente ficar de olho. Praticamente pediu para que a gente investigasse sozinhos. Nós queremos que a polícia investigue esse casal que suspeitamos. Só isso que queremos, que eles sejam investigados”, afirmou.

O casal, que tem outros dois filhos e mora em Novo Progresso (PA), desde janeiro já se deslocou diversas vezes a Mato Grosso, principalmente para Peixoto de Azevedo, para tentar encontrar o filho perdido e cobrar investigações. O deputado Zé do Pátio se emocionou com a situação e afirmou que falta respeito por parte da Segurança Pública. “Eu estou com a minha paciência esgotada com essa falta de respeito. De que adianta aumentar 40% o orçamento da segurança pública se o cidadão não está se sentindo respeitado?”, disparou.

Ausência do secretário

Pátio estava indignado, também, com a ausência do secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, ou de qualquer outro representante da pasta na reunião. Ele cogitou intimar Zaque judicialmente para comparecer à comissão. Apenas o comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Julio Cezar Rodrigues, compareceu à reunião

Porém, o líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB), acalmou os ânimos e informou que Zaque estava doente e poderia comparecer à reunião da comissão de Segurança no dia 2 de dezembro. A data acabou sendo aceita. “O secretário passa por exames médicos. Ele já esteve em Rondonópolis em audiência publica promovida pelo deputado Zé do Pátio. Ele já esteve na Assembleia várias vezes e nunca fugiu de informações”, afirmou o tucano.

Wilson também negou descaso por parte da secretaria. “No Brasil somem 250 mil pessoas por ano. São 40 mil menores de idade. É um drama, uma mácula nacional. Já discutimos esse tema aqui. É necessário um esforço não só da segurança, mas da sociedade inteira”, disse.  

SESP

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pùblica informou que o  secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, não compareceu na audiência com a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa,  pois precisou fazer um exame médico, mas mandou um documento informando o imprevisto e no mesmo documento solicitou o reagendamento da data da audiência para que ele pudesse ir e levar consigo os comandantes das instituições Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros e Politec, além da equipe da Sesp para fazer o debate que a comissão entender necessário. 

*Atualizada às 09h25. Atualizada às 11h42.
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