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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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NESTA MANHÃ

Dois vereadores são presos pelo Gaeco acusados de chefiar tráfico de drogas

Foto: Imagem ilustrativa

Dois vereadores são presos pelo Gaeco acusados de chefiar tráfico de drogas
Os vereadores Reinaldo de Freitas (PSD), de 54 anos, e José Itamar Marcondes (PROS), de 41 anos, foram presos por homens do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta quarta-feira, por volta das 6h30, em suas residências, no município de Nova Ubiratã (475 km ao Norte de Cuiabá).


Os parlamentares foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Sorriso, que fica a 80 km de Nova Ubiratã, onde prestarão depoimentos.  Informações extraoficiais de fontes naquele município dão conta que os dois são investigados por improbidade administrativa e por tráfico de drogas. 

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O assessor jurídico da Câmara de Nova Ubiratã, advogado João Carneiro, já estava na delegacia de Sorriso antes mesmo da chegada dos dois vereadores. Ele disse à Rádio Sorriso, há pouco, que a princípio os motivos das prisões não têm ligação com o Poder Legislativo daquele município.

“Ainda se sabe muito pouco sobre o processo, mas o que já consegui apurar é que as investigações do Gaeco são sobre assuntos particulares deles”.

A acusação do Ministério Público

De acordo com o Ministério Público do Estado (MPE), os dois vereadores e mais seis pessoas – que já estavam presas - são acusados de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menor. A denúncia inclui, ainda, dois advogados que não estão presos, mas irão responder por coação no curso do processo, ameaça e oferecimento de vantagem indevida para alteração de depoimentos.

Consta da denúncia, que integrantes do grupo chegaram a oferecer uma quantia de R$ 15 mil para a execução de policiais militares que atuavam no caso. Os acusados, segundo o MPE, praticaram de forma reiterada os crimes de tráfico de drogas. Além da venda de entorpecente, eles adquiriram, prepararam, transportaram, armazenaram e ofereceram o produto para consumo. A comercialização da droga, conforme o MPE, foi realizada, inclusive, dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum e em uma escola da cidade de Nova Ubiratã.

Os entorpecentes, segundo o Ministério Público, eram adquiridos em Cuiabá e Sorriso e guardados em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial, na cidade de Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição.

As porções de droga, conforme o MPE, eram embaladas e preparadas em pequenas trouxas amarradas com fio dental e comercializadas a R$ 20, R$ 30 e R$ 50. Existia, ainda, a opção por porções maiores, denominadas “Caixa”, cujo valor era de R$ 200.

Conforme o Ministério Público, a quadrilha começou a ser desbaratada com a operação “Pistolagem em Neve Branca” realizada pela Polícia Judiciária Civil em parceria com a Polícia Militar. Foi constatado, durante as investigações, que a associação criminosa era chefiada pelos vereadores Reinaldo de Freitas e José Itamar Marcondes. Além deles, também foram denunciados Geovane Melo Silva, Alessandro Almeida Miranda, Iago Vinícius de Santos Silva, Neimar Gilberto Sousa Rosa, Walter Djones Rapuano e Antonio Lenoar Martins.

O vereador Itamar também responderá por porte ilegal de armas. No momento da prisão, o Gaeco encontrou em seu poder um revólver calibre 38.



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