O empresário José Ari de Almeida -  proprietário da empresa Base Dupla Serviços e Construções Civil -  detido pela Polícia Federal durante a operação Protheus  - por crime de posse de arma de fogo de uso restrito – foi colocado em liberdade no fim da tarde de quinta-feira, 19, durante audiência de custódia presidida pelo juiz Murilo Moura Mesquita.   

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A empresa é alvo de investigação da Polícia Federal, deflagrada dia 19, suspeita de causar danos ao erário no valor de R$ 30 milhões com a inexecução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.
 
A defesa de José Ari, patrocinada pelos advogados Fabian Feguri e Ricardo Spinelli, explicou ao Olhar Direto, que a arma de uso restrito foi localizada em uma chácara pertencente ao empresário situada na região de Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá), que foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão.
 
Ainda segundo a defesa, a liberação ocorreu após audiência de custódia presidida pelo juiz Murilo Moura Mesquita.  Na sequência, José Ari deslocou-se até a sede da Superintendência da Polícia Federal onde prestou esclarecimentos até às 23h. A investigação é conduzida pelo delegado Marco Antônio Fáveri.
 
O advogado Fabian Feguri informou que a defesa ainda não obteve acesso a  integra dos autos de investigação, mas ratificou que José Ari irá colaborar com o procedimento e descartou a qualquer envolvimento com ações criminais por parte do cliente.
 
A Operação
 
Segundo a Polícia Federal,  de um total de R$ 83,8 milhões licitados em Mato Grosso somente em 2012, a organização investigada sagrou-se vencedora em cinco prefeituras, tendo assinado contratos que ultrapassam R$ 22,3 milhões, tornando-se a principal empresa executora desse programa no Estado, tendo vencido licitações junto às Prefeituras de União do Sul (MT), Confresa (MT), Jauru (MT), Nova Guarita (MT) e Tapurah (MT).
 
Para combater o suposto esquema, a Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União, deflagrou nas primeiras horas de  quinta-feira (19), a Operação Protheus para combater grupo que há mais de dez anos desvia recursos públicos de municípios em Mato Grosso, através da prática de fraude a licitações, falsidade ideológica, superfaturamento de preços, corrupção ativa e passiva.

Segundo assessoria da PF, foram realizadas 19 buscas e apreensões e 16 conduções coercitivas em Cuiabá, Rondonópolis e  Cotriguaçu, em Mato Grosso, além de Brasília (DF), em cumprimento à decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-1) da 1º Região, com a participação de 80 policiais federais e 9 auditores da CGU.