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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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'Ele jamais faria isso', diz tio de Bernardo sobre inocência do irmão

O tio do menino Bernardo, irmão do pai do garoto de 11 anos, acredita na inocência de Leandro Boldrini. Paulo Boldrini tinha contato frequente com o médico, que está preso por suspeita do crime. Além dele, a madrasta Graciele Ugolini, e a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da mulher, também estão detidas temporariamente por suposto envolvimento na morte da criança.


“Pelo o que conheço o meu irmão, ele jamais faria isso daí. Tanto é que as investigações estão encontrando muitas dificuldades para tentar incriminar ele”, afirmou Paulo Boldrini, como mostra reportagem do Bom Dia Rio Grande, programa da RBS TV.

O menino de 11 anos foi encontrado no dia 14 deste mês enterrado em uma cova rasa em um matagal de Frederico Westphalen, cidade a cerca de 80 km de Três Passos, na Região Norte do Rio Grande do Sul, onde a criança residia com a família: o pai, a madrasta e a irmã de um ano de idade, filha do casal. O corpo estava em estado avançado de decomposição. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril.

A Polícia Civil anunciou que irá pedir a prorrogação da prisão temporária dos três suspeitos do crime. A delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pelo inquérito, anunciou na quarta-feira (23) que pedirá à Justiça a prorrogação do prazo limite de 30 dias para concluir o inquérito sobre a morte de Bernardo. O motivo é a demora dos laudos da perícia, que impede a conclusão do inquérito policial.
Segundo ela, enquanto isso o caso não pode ser finalizado porque "não irão chegar a tempo" informações importantes contidas nos laudos da perícia. “Enquanto eu não fechar, enquanto eu não concluir 100% a investigação, eu não descarto nada. A polícia não pode descartar a participação de terceiros, de um quarto, de um quinto, enquanto eu não fechar o inquérito policial”, sustenta.

Defesa

Enquanto prossegue a investigação, os advogados dos três suspeitas articulam suas estratégias de defesa. A amiga do casal havia confessado participação no crime, mas agora mudou a versão pra polícia. “Ela me diz o seguinte: ‘Quando ela me mostrou o menino morto, ela disse para mim, agora tu me ajuda, ou eu vou fazer isso, vou fazer aquilo contigo, tu vai ter que me ajudar’ [sobre Graciele]. E ao exercer uma pressão psicológica tamanha sobre a Edelvania, a Edelvania se submeteu a participar dessa aberração”, afirmou o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia.

No início da semana, ocorreu o primeiro contato entre a madrasta e o advogado constituído por ela. Segundo o defensor Vanderlei Pompeo de Matos, a conversa ocorreu na segunda-feira (21), no presídio onde está detida, e foi rápida. De acordo com o advogado, a Graciele está "muito abalada" e permaneceu em silêncio ao ser interrogada pela delegada.

A defesa do pai do menino já tomou algumas providências. O advogado Jader Marques, levou à polícia de Três Passos na manhã de quarta-feira (23) o telefone celular do seu cliente para que seja usado nas investigações. Ele entregou também uma requisição para que sejam ouvidos três policiais que participaram da prisão de Leandro.
Já o pedido do advogado do médico, de transferir a investigação e eventual processo para Frederico Westphalen, onde o corpo foi localizado, foi negado pela Justiça. Com isso, o caso continua sob os cuidados da Comarca de Três Passos. Nos próximos dias, a polícia vai seguir ouvindo novos depoimentos para tentar descobrir qual foi a participação de cada um dos suspeitos e identificar se houve o envolvimento de uma quarta pessoa.

Entenda

Bernardo foi visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do mesmo dia, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

O pai registrou o desaparecimento do menino no domingo (6), e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen.

De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.
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