Após informações desencontradas sobre o Partido da República sair ou não da base governista nas eleições de outubro, em Mato Grosso, o prefeito de Mauro Mendes, presidente do PSB e principal interlocutor entre o PR e o bloco encabeçado pelo pré-candidato José Pedro Taques (PDT), líder da oposição, voltou a garantir a sigla no palanque do pedetista.

Leia mais: Riva e Pagot oferecem a Jayme candidatura ao governo com Rui Prado de vice e ‘isolam’ Taques

“Política é a arte de conversar. Eles conversaram comigo e, pelo que me falaram, posso dizer que missão dada é missão cumprida”, disse, garantindo ter cumprido a missão de tirar os republicanos do grupo governsita e atraí-los para a chapa liderada por Taques. E, ainda, em resposta a uma suposta afirmação do senador Blairo Maggi (PR) de que não havia acordo fechado entre PR e o bloco da oposição. “Eles vão estar com Pedro Taques”, reiterou o presidente do PSB.

Especulações dão conta de que o PR se aliaria ao grupo da oposição, caso fosse assegurada a vaga de candidato ao Senado para o deputado federal Wellington Fagundes, presidente regional do PR. Contudo, ainda na tarde desta quarta-feira (07/05), o senador Jayme Campos (DEM), afirmou ser candidato à reeleição pelo grupo da oposição.

“Essa terceira via é notícia velha, tenho compromisso de ser o candidato ao Senado e vou honrar minha palavra”, disse o senador para a  reportagem do Olhar Direto. Contudo, de acordo com uma fonte que pediu anonimato, ele teme ser “traído”. “Tenho compromisso com Pedro Taques de ser candidato ao Senado, mas se me traírem, como tem saído na imprensa, posso analisar a possibilidade de ir para a terceira via”, teria dito.

Em meio a tudo isso, o pré-candidato natural da situação, o ex-juiz federal Julier Sebastião, considera a saída do PR da base governista é tão real quanto lendas do folclóricas. “Essa historia do PR ir para oposição está igual o ‘Minhocão do Pari’. Todo mundo fala, fala, mas ninguém nunca viu”, brincou, em meio a risadas.