Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Cultura

Em objetos, móveis e revestimentos, Frida Kahlo é inspiração para colorir a casa

Foto: Reprodução

Em objetos, móveis e revestimentos, Frida Kahlo é inspiração para colorir a casa
RIO - Em sua primeira viagem ao México, há seis anos, a então arquiteta Odila Freire trouxe uma Frida Kahlo, em versão boneca, para dar de presente. A miniatura da pintora mexicana de sobrancelhas grossas e grudadas, cabelo preto enfeitado com flores e figurino supercolorido foi o que inspirou Odila a deixar a profissão de lado e se dedicar à confecção de peças decorativas. Instalado no Shopping dos Antiquários, em Copacabana, o ateliê que leva seu nome, além de mais de 300 bonecas, todas diferentes, tem ainda móveis pintados à mão e bandejas e abajures salpicados de cores e elementos típicos da cultura mexicana, como bordados e miçangas.

 

Odila conta que lança 40 bonecas por ano, dez a cada coleção:

— O artesanato mexicano é muito rico, mas pouco requintado. Os acabamentos não são o forte. Comecei a fazer bonecas porque queria ter uma versão melhorada da que trouxe de lá.

As imitações de Frida demoraram a fazer sucesso. Para Odila, só hoje a personagem, cujo aniversário de morte completou seis décadas este ano, ficou mais pop.

— Hoje está na moda, seja em projetos de decoração ou em roupas — diz a artista, que cuida de todas as etapas da produção, como costurar as roupas, pintar as cabeças de gesso e enfeitá-las com acessórios.

A teoria de Odila faz sentido. Frida está em todas. De canecas a ventiladores de teto. Seu colorido e bordado são padronagem de sofás, almofadas e rolos de revestimentos. E sua mistura de tons é aplicada em projetos de decoração, ora em paredes, ora em móveis.

— A cor abraça e diferencia uma casa. No momento em que a aplicamos, a casa passa a ter cara própria — comenta o arquiteto Chicô Gouvêa, admirador da cultura mexicana. — Uma ida ao México é uma injeção de energia. Tanto os arquitetos mais antigos quanto os contemporâneos não dispensam a cor.

Num projeto assinado por ele em Itaipava, o laranja e o verde sobressaem no mobiliário, enquanto capas de almofadas e cúpulas de luminárias com fundo branco ganharam estampas de flores.

Também fã do colorido de Frida Kahlo, o arquiteto Maurício Nóbrega prefere aplicar o recurso em áreas de passagem da casa, “para não ficar cansativo”:

— Para misturar cores muito fortes, tem que fazer de maneira dosada. A cor dá personalidade ao ambiente, então, funciona melhor em varandas e halls de entrada. Para o quarto, anula a função de relaxamento.

A estratégia de Maurício para lidar com a overdose de cores foi escolher um único tom, no caso bem forte, para pintar uma sala inteira:

— Todo mundo fala em “azul Klein” e esquece do “azul Frida”. Pintei uma sala inteira num projeto em São Paulo e peguei mais leve no restante.

 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet