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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Erdogan diz que Irã e 'grupos terroristas' devem deixar o Iêmen

O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse nesta quinta-feira (26) que a Turquia pode considerar  dar suporte logístico à missão militar encabeçada pela Arábia Saudita no Iêmen e disse para o Irã e "grupos terroristas" sairem do país. O presidente falou em uma entrevista para a rede France 24.


O presidente iraniano, Abd-Rabbu Mansour Hadi, deixou a cidade de Aden sob proteção saudita, para ir ao Egito, onde participará de uma conferência árabe no sábado, segundo a rede de TV saudita Arabiya.

À frente de uma coalizão de países árabes, a Arábia Saudita lançou nesta quinta-feira uma operação militar no Iêmen para frear o avanço dos rebeldes xiitas, apoiados pelo Irã, que criticou duramente estes bombardeios.

Para o Irã, trata-se de uma iniciativa perigosa e que pode criar mais tensões na região.

O Hezbollah libanês e o Iraque também condenaram o ocorrido. Bagdá disse ser partidário de soluções pacíficas, sem intervenção estrangeira.

"O Hezbollah condena de modo enérgico a agressão dos Estados Unidos e da Arábia Saudita contra o povo irmão do Iêmen, seu exército nacional e suas instalações vitais, assim como a interferência de alguns países árabes e não árabes nessa agressão", afirmou o grupo xiita em comunicado.

Por sua vez, os Estados Unidos, em plena negociação com Teerã sobre o programa nuclear iraniano, expressaram seu apoio à coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, mas sem participar diretamente.

Washington anunciou que fornecerá apoio logístico e de inteligência, após o qual o secretário de Estado John Kerry "elogiou o trabalho da coalizão que atua militarmente contra os huthis".

Kerry, que se encontra em Lausanne para las negociações com o Irã, realizou uma conferência telefônica com seus colegas do Conselho de Cooperação do Golfo sobre a situação no Iêmen, indicou um funcionário do departamento de Estado.

A operação militar começou com o bombardeio de várias posições huthis, particularmente em Sana, a capital do Iêmen. Participam 100 aviões de combate da Arábia Saudita, que decidiu mobilizar 150.000 soldados, 30 dos Emirados Árabes Unidos, 15 do Bahrein, 15 do Kuwait e 10 do Catar, segundo um canal de televisão saudita.

Além destes países do Golfo, vizinho do Iêmen, a operação militar conta com a participação de outras nações aliadas da Arábia Saudita como Egito, Jordânia, Sudão, Paquistão e Marrocos.

Quatro navios de guerra egípcios entraram nesta quinta-feira no canal de Suez, a caminho do Golfo de Aden, indicaram autoridades do Canal.

Nenhum envolvimento de países europeus foi anunciado.

Após o início dos ataques, a Arábia Saudita ordenou um reforço na segurança de suas fronteiras e no interior do Reino, e prometeu agir com firmeza contra os que quiserem prejudicar o país.

Os huthis combatem as unidades do exército iemenita fiéis ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, forçado a renunciar em 2012, após 33 anos no poder.

O Iêmen é o único país da Primavera Árabe onde o levante popular levou à saída negociada do presidente, substituído por seu vice-presidente, Abd Rabo Mansur Hadi.

A intervenção militar liderada por Riad responde a vários pedidos de ajuda lançados pelo grupo do presidente Hadi, incapaz de enfrentar o avanço dos rebeldes huthis, que nos últimos dias foram se aproximando de Aden, onde o chefe de Estado havia se refugiado.

Forças leais ao presidente retomaram na quinta-feira o controle do aeroporto de Aden das mãos das forças antigovernamentais, segundo um oficial de segurança.
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