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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Brasil

Escutas revelam como ativistas preparavam coquetéis molotov para manifestações

Novas escutas revelam como um grupo de ativistas do Rio preparava coquetéis molotov para serem usados em manifestações. A polícia procura 18 pessoas que tiveram a prisão decretada por causa da participação violenta nesses protestos. Cinco já estão presas.


Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça ajudaram a polícia a monitorar e identificar o grupo. Uma das gravações registra uma conversa de Elisa de Quadros Sanzi, conhecida como Sininho.

Elisa, que está na cadeia, falava com o padrasto sobre o receio de ser presa por formação de quadrilha.

Elisa: Eu não posso ir para Minas Gerais porque lá tá pegando fogo. Ontem queimaram não sei quantos carros de polícia. A FIP aqui tem conexão lá. Então eu não posso ficar em lugares que eles possam f. ainda mais com esse negócio de formação de quadrilha. E em Porto Alegre isso não existe. Não existe, não existe essa possibilidade

Ao todo, 23 pessoas tiveram prisão preventiva decretada por associação criminosa. A Polícia Civil contou também com a ajuda de testemunhas que não concordavam com os métodos violentos usados pelos integrantes. Uma delas disse que Elisa orientava os manifestantes durantes os protestos violentos e os incitava a quebrarem bens e arremessarem coquetéis molotov.
Segundo a denúncia, Elisa teria planejado incendiar a Câmara Municipal do Rio, durante uma ocupação em agosto do ano passado.
Em outra escuta, a acusada Karlayne Pinheiro, conhecida como Moa, conversa com uma jovem. Segundo investigadores, elas chamam gasolina de "líquido". E “coquetel molotov” de “drink”.

Jovem 1: A gente precisa de...
Jovem 2: Precisa de?
Jovem 1: De líquido. A gente vai ter que desenrolar aí com a galera, a gente fazer... Ver como é que vai fazer. Já tem tudo. Já tem tudo para fazer. Só falta...

Jovem 2: Só falta... tá, a gente vai conseguindo aos pouquinhos, cada um pega um pouco, vai tentando pegar.
Jovem 1: Cara, acho que uns 4 litros, uns 5 litros, dá ‘de boa’.

Jovem 2: Tranquilo, tranquilo. Aí a gente faz a oficina... a oficina de drinks.
As gravações também registraram a conversa de um casal de jovens sobre o vídeo de um confronto com PMs. Segundo os investigadores, um deles atirou coquetel molotov na polícia. Os nomes dos participantes da conversa são citados no processo, mas o Bom Dia Brasil os omite porque um deles é menor de idade.

Jovem 3: A imagem que mais tá rolando é a do coquetel sendo jogado. Bateu no poste, bateu nos ‘polícia’ e eu c...! F...
Jovem 4: Pode crer. Botamos o Choque para correr, minha linda
Jovem 3: Tô sabendo.

Os dois integrantes do movimento Black Bloc que participaram da conversa pediram asilo político ao Consulado do Uruguai no Rio. Com eles, estava a advogada Eloísa Samy, em um vídeo divulgado na internet, Eloísa negou as acusações: “Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei”, disse.

Mas, segundo depoimentos incluídos no inquérito, a advogada Eloísa determinava aos integrantes dos "Black Blocs" o momento em que a confusão tinha que começar. Dando a entender que era para começar o vandalismo.
A deputada Janira Rocha, do PSOL, informou que a advogada Eloísa Samy e os dois jovens tiveram o pedido de asilo político negado. A Embaixada do Uruguai, em Brasília, e o Consulado, no Rio, ainda não confirmaram. A advogada de Eloísa Samy classificou o pedido de prisão como 'inadequado e injustificável'. O advogado de Karlayne Pinheiro disse que já entrou com pedido de habeas corpus e classificou a prisão como 'ilegal e desnecessária'. A equipe do Bom Dia Brasil não conseguiu contato com a Defesa de Elisa Quadros.
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