A Caixa Econômica Federal vai financiar mais de R$ 1,15 bilhão para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. O convênio que garante a transação foi assinado na manhã desta segunda-feira (18) pela gerência regional da instituição financeira com o governo do Estado. O valor do financiamento corresponde a mais de 90% do que deve ser pago pelas obras do modal de transporte.
Com a confirmação do consórcio vencedor da licitação (o VLT Cuiabá, que reúne cinco empresas) e a assinatura do convênio, o secretário Extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, anunciou que a ordem de serviço das obras deve ser dada até a próxima segunda-feira (25).
Em primeiro lugar seriam iniciadas as obras de arte de mobilidade urbana ligadas diretamente ao eixo do VLT na Grande Cuiabá, como os viadutos na entrada para o bairro Tijucal e entre as avenidas Miguel Sutil e FEB. A obra completa tem prazo de 18 meses para ser entregue, informou o secretário.
De acordo com o gerente regional da Caixa Econômica, José Luis Dias, a primeira verba para financiamento do VLT liberada graças ao convênio é de R$ 423,720 milhões, oriundos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O Estado tem até 360 meses (30 anos) para pagar o financiamento, que tem taxa de juros na ordem de 5,5% ao ano.
Outra parcela para financiamento é de R$ 727,920 milhões, estes oriundos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e viabilizados também pela Caixa Econômica. Os recursos serão liberados conforme a realização de medições da obra do VLT.
Fora o valor financiado pelo Estado junto à Caixa, outros R$ 110 milhões devem ajudar a custear o VLT. O governador Silval Barbosa (PMDB) explicou que esta contrapartida do Estado servirá para custear desapropriações necessárias para viabilizar o modal, principalmente na região da avenida da Prainha.
O governador ainda esclareceu que os impostos serão deduzidos do valor total da obra. O governo havia avaliado as obras do VLT em R$ 1,261 bilhão, mas o menor valor apresentado no processo licitatório foi de cerca de R$ 200 milhões a mais que isso, uma vez que, como ponderou o secretário da Copa, as empresas não detinham as devidas informações tributárias e acabaram incluindo o valor nas propostas.
Ainda foi anunciada a contratação de uma empresa para auditar e acompanhar o andamento das obras.
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