Contrários ao aumento de R$ 3,10 na passagem do transporte coletivo em Cuiabá,  o movimento ‘Bloco de Lutas por uma Vida Sem Catracas’,  que reúne estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) agendou para a quarta-feira, 28, às 17h30, na praça Ipiranga, o ‘’Grito Contra Aumento do Busão’.  O novo valor de tarifa entrou em vigor na data de segunda-feira, 26, e atinge cerca de 300 mil usuários.  

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Nessa semana, a sede do Restaurante Universitário, em Cuiabá, foi palco de um encontro para deliberações sobre os protestos que possui uma página no Facebook.  
 
Desde o dia 19 de janeiro, uma série de atividades em pontos distintos da capital são realizados para orientar a população quanto às atividades propostas pelo grupo. No último dia 00 de janeiro, a praça Alencastro foi palco de um ‘aulão’ sobre a majoração.
 
“Esse bloco defende um transporte de qualidade, sem ônus (sem tarifa) e para conseguirmos atingir esse objetivo devemos constituir um transporte que tenha por base um sistema e gestão 100% público e que vise atender as reais necessidades da classe trabalhadora colocando-se contra a lógica atual que não atende a maioria da população”, defende uma postagem no Facebook.
 
Ao anunciar a majoração da tarifa em 5,4%, o Conselho Municipal de Transporte informo que o cálculo foi feito tendo como base a planilha do Ministério dos Transportes e os índices indicados pelo Ministério Público do Estado.

Mensalmente, de acordo com a planilha, em Cuiabá circulam no transporte coletivo mais de 6 milhões de usuários. Desse total, 1,6 milhão são passageiros que têm gratuidade no transporte. Somente com o passe-livre para estudantes, o Município arca com subsídio de R$ 16 milhões, sendo que apenas 5,17% dos 62 mil alunos de Cuiabá, são da rede municipal de ensino.

No último dia 23, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ao assinar o decreto autorizando o novo valor de tarifa determinou ainda a instalação de uma comissão para estudar a possibilidade de uma nova concorrência pública no sistema de transportes e outra para implantar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana. A comissão terá 180 dias de prazo para entregar um estudo de viabilidade técnica e jurídica para fazer uma nova licitação  mediante concorrência pública para melhoria o serviço de transportes coletivos na capital. A última concessão foi feita em 2004, cujo prazo de vencimento era em 2012, mas foi prorrogada até junho de 2019.