Juridicamente, herdeiro da vaga do vereador Clovito Hugueney (SD), morto neste domingo (24) vítima de falência dos órgãos e doença renal crônica, o suplente de vereador Professor Néviton Moraes (PTB) assegurou que nunca desejaria assumir a cadeira, na Câmara de Cuiabá, como ocorreu.  “Jamais queria assumir a vaga na Câmara desta forma [com a morte do titular], porque implica na perda de um ente querido por uma família”, afirmou ele, após cumprimentar a viúva Danielle Carvalho.
 
De braço em uma tipóia por conta de um acidente em partida de futebol amador, no final de semana, Néviton Moraes derramou elogios ao parlamentar falecido. “Era um homem íntegro, consciente de suas obrigações. E creio que eu perdi um amigo”, afirmou ele, ao recordar que convive com Clovito há mais de 10 anos e que sempre teve um relacionamento respeitoso.

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“Os embates são comuns no Poder Legislativo, porque se trata de um local para discussão permanente dos problemas da cidade e de diferentes pontos de vista. Todavia, sempre com muito respeito e bom humor”, afirmou o parlamentar petebista.
 
Em 2013, Professor Néviton assumiu a cadeira de Clovito por quase dois meses. “Ele tinha postura crítica sobre temas que interessam à população. Já eu faço uma atuação mais direta nos bairros e menos na mídia”, pontuou ele.
 
Professor Néviton deve ser convocado pela Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá para assumir a cadeira, nos próximos dias. O Palácio Pascoal Moreira Cabral está fechado, nesta segunda-feira (25), por causa da morte de Clovito, e deve ter apenas expediente interno, nesta terça-feira (26).
 
Néviton Fagundes Moraes foi primeiro suplente de vereador em 2000 e 2004. Depois, em 2008, se elegeu vereador pelo PRTB. Em 2001, migrou para o PTB,  a convite do então prefeito Chico Galindo. Em 2012, na tentativa de reeleição, Néviton ficou novamente na primeira suplência por apenas 12 votos.