Por falta de estrutura física e de pessoal, as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que investigarão as obras da Copa e a sonegação fiscal em Mato Grosso não têm previsão de iniciar os trabalhos. Além da dificuldade enfrentada com o número reduzido de servidores comissionados que foram contratados, após a exoneração em massa do início da legislatura, as CPIs querem suporte de técnicos especializados, que teriam que ser contratados temporariamente para esse serviço.
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“O prazo de 180 dias para conclusão da CPI começa a contar a partir do momento que a CPI é instalada, então pretendo fazer isso somente quando estivermos em condições de iniciar de fato os trabalhos. Senão perderemos tempo. No meu caso, estou em busca de auditores para fazer a análise dos dados fiscais que vamos receber. A UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) não tem disponibilidade para colaborar, então estamos vendo outras possibilidades”, disse José Carlos do Pátio (SD), presidente da CPI da Sonegação.
Na última quarta-feira (25), o presidente da CPI do VLT, Oscar Bezerra (PSB), anunciou o adiamento do início dos trabalhos em função da falta de estrutura. A previsão era instalar a CPI ontem (26). “É essencial definição da sala, servidores qualificados e equipamentos. Solicitei a contratação de técnicos, mas não sei se será factível. Também solicitei que dois procuradores [da Assembleia] ficassem à disposição da CPI, porque existem muitos relatórios a serem analisados minuciosamente”, disse.
O presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB), se comprometeu a resolver a situação. “Vamos suprir todas as necessidades dos deputados. No caso da CPI da Sonegação, acreditamos que os servidores podem dar suporte. Para a CPI do VLT, estamos analisando a proposta do Ibec (Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos), que é uma organização sem fins lucrativos e podemos contratar com dispensa de licitação”, informou.