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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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parcela de 3,11%

Governo define data para pagamento de reajuste da inflação; sindicatos não se entendem

Foto: Lenine Martins/Gcom-MT

Governo define data para pagamento de reajuste da inflação; sindicatos não se entendem
O secretário de Estado de Gestão, Júlio Modesto, apresentou a 21 entidades do Fórum Sindical um cronograma para pagamento das perdas da inflação do ano de 2014, em reunião na manhã desta segunda-feira (25). Como já estava definido, o reajuste de 3,11% será pago a todos servidores na folha de maio, ou seja, metade do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) 2014. 


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O governo propôs pagar a outra metade em novembro deste ano, além de pagar em janeiro de 2016 a correção inflacionária do período entre maio e novembro, para que a demora em quitar o INPC não acarrete em perdas reais aos servidores. Não houve nenhuma recusa imediata por parte dos sindicatos, mas a proposta será levada pelos sindicalistas para ser discutida nas assembleias gerais das categorias. Além de Júlio Modesto, também participaram do encontro o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, o procurador-geral do Estado, Patryck Ayala, e o secretário de Comunicação, Jean Campos. 

“A proposta do governo foi apresentada com clareza, com datas, e nós levaremos para discussão com nossas categorias. Depois que as categorias fizeram assembleias, cada uma trará sua resposta ao secretário. Não houve nenhuma recusa imediata a esse parcelamento, até porque ainda vamos discutir e deliberar com os outros servidores”, informou Diany Dias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal (Sintap), que falou em nome do Fórum Sindical.

O secretário de Comunicação, Jean Campos, afirmou que a previsão do governo é que a receita cresça o suficiente para que a segunda parcela do reajuste não atinja o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "A previsão de aumento da receita do Estado é otimista. Esperamos que até lá já tenha sido pago os R$ 400 milhões do FEX, que haja captação de recursos com as cobranças a serem feitas pela Procuradoria Fiscal e o Cira, além de revisão dos incentivos fiscais", disse. 

Desentendimento entre categorias

No total, cinco sindicatos e associações foram impedidos de participar da reunião, e ficaram do lado de fora do gabinete do secretário, gritando palavras de ordem. São eles o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Sindicato dos Servidores de Infraestrutura (Sindsinfra), Associação dos Servidores da Procuradoria-Geral (Asproger), Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) e Servidores da Carreira de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes).

Alguns sindicalistas presentes acreditam terem sido excluídos da reunião porque já se manifestaram contra o parcelamento do INPC, e querem a correção total, de 6,22%, já na folha de maio. Aos gritos de “Fórum pelego a serviço do governo”, entre outras palavras de ordem, as cerca de 50 pessoas que ficaram do lado de fora da reunião criticaram fortemente o governo e o Fórum Sindical.

Em nome do Fórum Sindical, a sindicalista Diany Dias justificou a exclusão dos colegas. “Esses sindicatos não participam das atividades do Fórum, nas reuniões que sempre fazemos sobre as demandas coletivas. E não participaram da reunião preliminar que fizemos antes de encontrar o secretário”, argumentou. “Nós optamos pelo diálogo”, completou Gilmar Brunetto, que é presidente do Sindicato dos Servidores da Empaer (Sinterp), e um dos líderes do Fórum.

Críticas

O presidente do Sindsinfra, José Carlos Calegário, alegou que não há motivos para o Governo do Estado parcelar a reposição da inflação, e que esse parcelamento descumpre a lei aprovada há 11 anos. “Eu participei da elaboração da lei da RGA (revisão geral anual) em 2004 e sei que o governo só pode deixar de dar o reajuste se houver queda da arrecadação. Isso não aconteceu”, afirmou.

O presidente da Adunemat, Leonir Boff, destacou que o índice de 6,22% está abaixo da inflação real registrada no ano passado. “Somos contra o parcelamento, e queremos a reposição de 6,22% neste mês. Inclusive, os professores da Unemat estão fazendo hoje uma paralisação, que atinge os 11 campi da universidade no Estado”, informou.

“O governador Pedro Taques (PDT) está sendo mal assessorado, porque faz o discurso de valorização do servidor e não cumpre”, declarou o presidente do Sindes, Adolfo Grassi. Ele afirmou que representa o segundo maior segmento de servidores do Estado, com 5 mil filiados espalhados em quase todas as pastas, e que considerou injusto ser excluído da reunião.

Após a saída do Fórum Sindical do local, eles se reuniram com o secretário para ouvir a mesma proposta de parcelamento. “A proposta é isonômica para todas as categorias. Vamos apresentar o mesmo cronograma para todos os servidores, independentemente de haver ou não lei de carreira que prevê outros reajustes”, disse Júlio Modesto.

Saldo das reuniões

A segunda reunião acabou por volta das 13h30, e a mesma proposta foi feita para os cinco sindicatos que ficaram de fora da primeira reunião: Sinetran, Sindsinfra, Sindes, Asproger e Adunemat. A resposta também foi a mesma, ou seja, que os sindicatos levarão a proposta do governo para ser discutida nas assembleias gerais das categorias. 

Atualizada às 13h55
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