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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Gregos estão impedidos de comprar em sites internacionais

Segunda-feira foi o dia em que a música morreu para milhares de pessoas que fazem download e ouvem música online na Grécia. A imposição dos controles de capital, no domingo à noite, significa que os gregos não podem mais comprar bens ou serviços de vários grandes fornecedores internacionais pela Internet, como Google, Apple e Facebook.

As transferências de fundos para fora da Grécia foram banidas para impedir o colapso do sistema bancário depois que o primeiro ministro grego, Alexis Tsipras, rejeitou os termos de uma oferta de resgate apresentada pelos credores internacionais.

Os controles significam que os pagamentos via cartões de débito e crédito para contas fora da Grécia estão proibidos.

A medida representa um problema para grandes varejistas online, lojas que vendem música para download e companhias áreas, que vendem para clientes na Europa a partir de subsidiárias centralizadas de transações, algumas em Luxemburgo e na Irlanda, por razões tributárias.

Desde segunda-feira, muitos gregos descobririam que não podem mais fazer pagamentos online para essas empresas. "Eu tentei pagar 3 euros ao Facebook por um pequeno anúncio, mas meu cartão foi rejeitado na hora", disse o consultor grego de comércio eletrônico Panayotis Gezerlis.

Ele afirmou que também não conseguiu comprar música por meio do Google e fazer pagamento com cartão bancário via a unidade de transações do eBay, o Paypal.

Feriado bancário
A decisão de Atenas de fechar a Bolsa e os bancos durante uma semana e de impor um controle de capitais provocou a queda dos mercados de todo o mundo, um dia antes de um possível default (suspensão de pagamentos) do país.

Antecipando a medida, os gregos fizeram nos últimos dias longas filas diante dos caixas eletrônicos para retirar dinheiro.

As medidas foram decretadas após a reunião de um comitê encarregado de reagir à crise financeira, para salvar o sistema financeiro do país, que corre o risco de sofrer uma onda de saques diante da possibilidade de moratória.

RESUMO DO CASO:
- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
- Essa dívida foi financiada por empréstimos do FMI e do resto da Europa.
- Nesta terça-feira (30), vence uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI, mas o país depende de recursos da Europa para conseguir fazer o pagamento.
- Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e pensões para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também vence nesta terça.
- Nesta terça, o governo grego apresentou uma nova proposta de ajuda ao Eurogrupo, que vai discutir o assunto nesta tarde.
- No final de semana, o primeiro-ministro grego convocou um referendo para domingo (5 de julho). Os gregos serão consultados se concordam com as condições europeias para o empréstimo.
- Como a crise ficou mais grave, os bancos ficarão fechados nesta semana para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.
- Se a Grécia não pagar o FMI, entrará em "default" (situação de calote), o que pode resultar na saída do país da zona do euro.
- A saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. Não existe um mecanismo de "expulsão" de um país da zona do euro.
- Se o calote realmente acontecer, a Grécia deve ser suspensa do Eurogrupo e do conselho do BC europeu.
- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na região. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
- Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é "terceirizada" para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.
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