Em carta encaminhada ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), o ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT) – condenado no julgamento do mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro -- afirmou ter sido absolvido pela sociedade mato-grossense. Com mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele se entregou hoje à Polícia Federal (PF), em Brasília (DF).

Na carta, Henry citou ter sido reeleito em 2006 e em 2010, quando conquistou o quarto e quinto mandatos consecutivos de deputado federal, respectivamente. No pleito de 2006, ele já tinha sido acusado de envolvimento com o mensalão e com a máfia das ambulâncias. Ele também mencionou que enfrentou dois processos de cassação, mas que foi absolvido em ambos.

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“Não fugi, não me escondi, não renunciei. Pelo contrário. Colaborei e esclareci todas e quaisquer dúvidas, abri meus sigilos bancário e fiscal e expus minhas particularidades”, disse Henry, na carta. O ex-parlamentar declarou que não há provas cabais do envolvimento dele com o esquema. 

“Meu sentimento é de dever cumprido para com os mato-grossenses. A sociedade do estado sabe dos benefícios que consegui arrastar para alavancar o seu desenvolvimento e manifestou isso nas sucessivas eleições e nas inúmeras honrarias concedidas durante esses anos de atividade política”, consta da carta.

No texto, o pepista reclamou de, ao ser julgado pelo Supremo, não ter como recorrer a outra instância e criticou o foro privilegiado. "Não seria esse desfecho da minha vida pública que eu havia planejado, mas não vou expor a instituição (Câmara) mais do que já se encontra exposta por esse episódio", concluiu.


Primeira atualização às 15h15.