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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Brasil

Homem que fez ameaças em hotel se preocupou ao escolher refém

O rapaz que fez um homem refém durante sete horas no hotel Saint Peter, no centro de Brasília, afirma que não queria machucar a vítima e se preocupou em escolher uma pessoa que suportaria a pressão psicológica. As informações são do advogado do acusado, Carlos André Rodrigues, que conversou com o rapaz, nesta segunda-feira (29), logo após a prisão.


De acordo com o defensor, o acusado chegou a abordar uma mulher que também trabalhava no hotel, mas desistiu após perceber que ela ficou muito nervosa. O advogado garante que seu cliente nunca quis machucar a vítima e fez de tudo para deixar o refém tranquilo.

— Ele abordou uma senhora e achou que ela não aguentaria essa pressão psicológica. Então, ele escolheu uma outra vítima que pudesse ficar com ele por aquele período e, me relatou que em todo tempo tentou manter a vítima tranquila, dizendo que não iria fazer mal à ela e que assim que conseguisse divulgar o que teria vontade de divulgar ele iria acabar com o episódio.

Jac Souza dos Santos tem 30 anos e manteve um homem refém durante sete horas no hotel. Com uma arma de brinquedo, ele rendeu, algemou e vestiu a vítima com um colete cheio de dinamites falsas. Jac exigia a aplicação da Lei da Ficha Limpa, a extradição do ativista italiano Cesare Battisti e até a saída da presidente Dilma Rousseff do governo.

O advogado de Jac acredita que ele está passando por transtorno psicológico. De acordo com Carlos André, seu cliente tentou se matar há alguns dias na cidade onde mora, no interior do Tocantins, e foi medicado para controlar a ansiedade.

Ao advogado, Jac disse que a intenção era chamar a atenção da imprensa e protestar contra a corrupção na política, mas que não tinha noção da repercussão que o caso teria.

— Ele me disse que acordou e já queria fazer algum ato que chamasse a atenção da sociedade. Mas, ele não está satisfeito e demostrou arrependimento. Ele estava muito surpreso com a repercussão desse fato, não tinha noção que poderia chegar a tanto.

Jac não tem antecedentes criminais e vive com a mãe em uma chácara a cerca de 5 km da cidade de Combinado (TO). Os amigos garantem que ele era uma pessoa tranquila. Em 2008, se candidatou a vereador da cidade, pelo PP, mas não conseguiu se eleger. Depois, assumiu a Secretaria de Agricultura do município e atualmente trabalhava no comitê de campanha do candidato ao governo do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB).
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