As atividades de quatro, dos sete Hospitais Regionais de Mato Grosso estão parcialmente paralisadas desde o início deste mês. Os atendimentos ambulatoriais e eletivos nas unidades de Colíder, Alta Floresta, do Hospital Metropolitano em Várzea Grande, e no setor de pediatria de Sinop, foram suspensos devido ao atraso no repasse feito pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses), às empresas e cooperativas, que contratam profissionais médicos para estes hospitais.
O Governo do Estado garantiu que vai regularizar até o final deste mês o envio de recursos às unidades hospitalares com situações prioritárias.
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Em Sinop, por exemplo, o atraso está no repasse para a empresa que fornece profissionais médicos pediatras. Por isso a paralisação apenas deste setor.
De acordo com a SES, isto ocorreu devido a inconformidades administrativas nos processos de pagamento, como falta de documentação e certidões a serem apresentadas pelas empresas administradoras, e também devido a falta de fluxo dos processos dentro da própria Secretaria.
Deste modo, assim que foram sanados os erros, tiveram início os pagamentos. A previsão é de que a quitação dos processos, que teve início na sexta-feira, 2, se estenda até o fim do mês de outubro.
Na segunda-feira, 19, vereadores e prefeitos dos seis municípios atendidos pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Alto Tapajós, responsável pelo Hospital Regional de Alta Floresta, estiveram reunidos com o governador Pedro Taques e o secretário de Estado de Saúde, Eduardo Luiz Conceição Bermudez. No encontro, o prefeito do município, Aziel Bezerra demonstrou preocupação com a normalização dos atendimentos no hospital.
A unidade, de extrema importância à região do extremo norte do Estado, atende também aos municípios de Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Apiacás, Carlinda e Paranaíta. Ao todo, mais de 150 mil pessoas contam com o atendimento da unidade na região.
Ainda em reunião com prefeitos do norte mato-grossense, o governador Pedro Taques e o secretário de saúde Eduardo Bermudez garantiram a quitação.
O secretário de Saúde, Eduardo Bermudez, esclareceu que os atrasos foram causados por inconformidade administrativa nos processos de pagamento, como falta de documentos e certidões a serem apresentadas pelas empresas que administram o hospital. Bermudez tranquilizou a população sobre boatos de fechamento do hospital. “Nunca houve esta conversa. São hospitais que tem uma importância grande para a região e nosso desejo é que eles voltem a atender a pleno para que a população se sinta segura. O governo irá cumprir com sua função e compromisso com hospitais regionais”, destacou.
Além dos repasses, Taques também destacou a importância de UTIs para os hospitais regionais, já que estes atendem não só a cidade no qual está instalado, mas também várias cidades da região. “Já inauguramos até o momento 60 UTIs em Cuiabá, Rondonópolis e Sinop. Uma das prioridades do governo são as UTIs dos Hospitais Regionais de Alta Floresta e de Água Boa e estaremos trabalhando firme para isso”. O governador também lembrou das diversas auditorias que foram realizadas para corrigir irregularidades, inclusive na área de saúde, que geraram grande economia para os cofres púbicos.