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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Hospitais não recebem repasse de verba e 2 mil pessoas podem ficar sem atendimento por dia

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Hospitais não recebem repasse de verba e 2 mil pessoas podem ficar sem atendimento por dia
Os responsáveis pelos hospitais Geral Universitário, do Câncer, Santa Helena e Santa Casa, anunciaram nesta segunda-feira (22) que devem paralisar os serviços para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), caso a Prefeitura de Cuiabá não faça o repasse da verba que eles têm a receber. Segundo as informações, quase R$ 13 milhões dos recursos do Ministério da Saúde para custeio do atendimento de média e alta complexidade não foram enviados para as unidades.


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Deste montante, R$ 5 milhões seriam destinados para o HGU, R$ 4 milhões à Santa Casa, R$ 2 milhões para o Hospital do Câncer e cerca de R$ 2 milhões para o Santa Helena. Estes valores são referentes aos meses de Outubro e Novembro e já estariam na conta da Prefeitura de Cuiabá.
 
“Em outubro foi pago apenas os recursos de média complexidade, os de alta complexidade o Hospital do Câncer não recebeu. Eles representam 80% dos recursos da nossa unidade”, disse o diretor-presidente do Hospital do Câncer, Laudemi Moreira Nogueira. “Não temos notícia e nem previsão de quando o pagamento irá acontecer”, acrescenta.
 
Por conta disto, os quatro hospitais entrarão em greve no próximo dia 25 deste mês: “Não temos recursos para novos pacientes. O estoque que nós temos é para manter os que já estão internados. Por isso, não iremos mais realizar internações. Não temos capital de giro, seriamos irresponsáveis se continuássemos abertos”, disse o superintendente da Santa Casa, Antônio Preza.
 
De acordo com os responsáveis, cerca de duas mil pessoas devem ficar sem atendimento por dia nas quatro unidades. Eles ainda prometem cumprir a lei e deixar 30% dos funcionários trabalhando no período de paralisação: “Não tenho estoque de medicamentos para internações”, reiterou Laudemi.
 
Eles alegam que ainda tem duas folhas de pagamento para serem feitas e sem o dinheiro não poderão quitar os débitos: “Fizemos uma reunião com o prefeito no dia 16 e de lá para cá nada foi feito”, disse Preza. Um documento, assinado pelos quatro representantes, foi enviado ao secretário municipal de Saúde, secretários de Estado de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Estadual de Saúde Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Conselho Regional de Medicina.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, porém, as ligações não foram atendidas.
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