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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Economia

IGP-M registra em julho o terceiro mês seguido de deflação, informou a FGV

O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), usado como referência para a correção dos contratos de aluguel, registrou deflação de 0,61% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. É o terceiro mês seguido de queda de preços, mas o recuo deste mês foi menos intenso que o de junho, quando o índice ficou negativo em 0,74%, a maior deflação desde 2009. No acumulado de 2014, o IGP-M tem alta de 1,83%. Já em 12 meses, o aumento é de 5,32%.


O resultado surpreendeu analistas. Segundo pesquisa da Reuters, a mediana das expectativas de 23 economistas era de taxa negativa de 0,52%. Octavio de Barros, diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, frisa que a menor pressão dos preços de produtos como a soja influenciou a deflação.

“A deflação dos produtos agrícolas foi mais intensa do que a esperada por nós (-2,66%), em função principalmente da menor pressão dos preços de soja, milho, tomate, batata e proteína (aves, carnes, leites e ovos). Já os produtos industriais exibiram retração de 0,53%, com destaque para a deflação de minério de ferro”, disse o economista, em nota a clientes.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no atacado e representa 60% do indicador, teve variação negativa em 1,11%, ante queda de 1,44% no mês passado. A principal contribuição veio do grupo dos alimentos in natura, cujos preços passaram a cair menos: 7,71%, frente à queda de 12,73% do mês anterior.

ÍNDICE TAMBÉM REAJUSTA PEDÁGIOS

Os outros dois componentes do IGP-M, no entanto, seguiram trajetória de desaceleração. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30%, avançou 0,15%, contra alta de 0,34% no mês passado. Influenciou no resultado a desaceleração dos preços de educação, leitura e recreação, que tiveram queda de 0,04% em julho, frente à alta de 0,62% em junho. O grupo de transportes também foi um dos destaques, com queda de 0,01%, contra alta de 0,2% no mês anterior.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que corresponde a 10% do IGP-M, registrou alta 0,80% em julho, abaixo da taxa registrada no mês anterior, de 1,25%. O resultado foi puxado pela variação menor do custo de mão de obra, que foi de 1,11% em julho, contra alta de 2,05% no mês passado.

O IGP-M tem uma cobertura mais geral que o IPCA, o índice oficial de inflação, e produtos primários e intermediários têm grande peso. O índice é usado como referência para a correção de valores de outros tipos de contratos além dos de locação, como os de energia elétrica e também de pedágios. O cálculo é feito com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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