A Organização Internacional de Polícia Criminal, mundialmente conhecida pela sua sigla Interpol, foi alertada pela Polícia Federal de Mato Grosso quanto à investigação sobre o sequestro dos pilotos Evandro Rodrigues de Abreu e co-piloto, Rodrigo Fraes Agnelli. Ambos foram sequestrados na data de 20 de setembro quando estavam a bordo de uma aeronave modelo King Air, prefixo ATY, de propriedade da ex-candidata ao  governo de Mato Grosso, Janete Riva (PSD).

Sequestro de pilotos completa um mês e família cobra mais rigor para elucidação de caso

O superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso, delegado Marco Antônio Farias, informou ao Olhar Direto que inquérito foi instaurado e que dois adidos, baseados nas cidade de La Paz e Santa Cruz de La Sierra, estão acompanhando o caso. Os diplomatas, segundo o delegado, mantém o diálogo com o governo e polícia boliviana para auxiliar no processo de investigação no país.

“O inquérito foi instaurado pela Delegacia da Polícia Federal de Cáceres. Tão logo houve a comunicação do sequestro, acionamos a Interpol. As investigações estão em curso”.

Questionado sobreo andamento da investigação, ele afirmou que a procedimento corre em sigilo  para que os procedimentos não sejam prejudicados.

Trinta dias após o sequestro e o roubo da aeronave, a família do piloto Evandro teceu críticas a morosidade da investigação. Indignada com a falta de notícias, a esposa de Evandro, a dona de casa Márcia Abreu, reclamou sobre a inércia. “Eles dizem que estão fazendo, mas não vemos os resultados”.

A principal tese da Polícia é quanto ao roubo da aeronave para servir ao tráfico de drogas na região da Bolívia. No dia seguinte ao sequestro e roubo, fazendeiros de distritos bolivianos declararam a equipes da Polícia Civil de Mato Grosso que presenciaram uma aeronave (com as mesmas característica do avião roubado) voando baixo nas imediações de uma fazenda da região. Por duas vezes, equipes policiais se deslocaram até à Bolívia em buscas aos pilotos, sem sucesso.