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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Venda de mando

Jogos na Arena Pantanal valorizam mandantes e dão prejuízo para visitantes

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Jogos na Arena Pantanal valorizam mandantes e dão prejuízo para visitantes
Desde que foram construídas com vistas à Copa do Mundo de 2014, as arenas espalhadas pelo Brasil têm comprado os mandos de campo para ‘sobreviver’. Porém, quem sofre com isso é o time visitante que não tem os custos pagos pela organização do evento e tem de se deslocar até as cidades. A Arena Pantanal é uma das que se utilizam do artifício.


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Desde que foi construída, a Arena Pantanal tem recebido diversas partidas que tiveram o mando de campo comprado por empresários. Até o momento foram quatro jogos do tipo no estádio cuiabano (Santos x Atlético Mineiro; Vasco x Santa Cruz; Bragantino x Corinthians e Goiás x Flamengo). Além destes, houveram ainda mais três confrontos em que  clubes de renome tiveram de se deslocar até Mato Grosso, porém, estes jogaram contra clubes do Estado.
 
Quem mais se beneficia com isso são os times considerados de menor expressão no cenário nacional do futebol brasileiro. Isso porque, jogando em seus domínios os clubes não conseguem atrair diversos torcedores e por consequência não tem uma boa renda que ajude o clube a manter os custos.
 
Um dos exemplos é o Goiás, que enfrentou o Flamengo na Arena Pantanal. Na partida realizada em Mato Grosso o time esmeraldino recebeu aproximadamente R$ 1 milhão para levar o confronto até Cuiabá. Na ocasião o jogo deu uma renda bruta de R$ 1.904.930,00 e um total de 33.278 pagantes. Além disto, os goianos saíram vitoriosos (1 a 0), apesar de jogar sem o apoio da torcida.
 
Porém, jogando em seu estádio (Serra Dourada) a situação é totalmente diferente para a equipe goiana. No jogo contra o São Paulo, válido pelo Campeonato Brasileiro, o clube teve uma renda bruta de ‘apenas’ R$ 538.155,00 e a líquida de R$ 365.396,72. O número de pagantes foi de 12.845.
 
Já as consideradas grandes equipes reclamam por serem usadas de escada: “Os promotores desses eventos já viram que é muito melhor negociar com um time de menor investimento do que com o Vasco, pois sabem que dificilmente iremos tirar o jogo do Rio, já que priorizamos a parte técnica. Então, eles vão cobrar o preço que vale a marca do Vasco. Eles usam totalmente o Vasco”, reclama o diretor-executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, em entrevista ao UOL Esporte.
 
Caetano sugere que o regulamento seja mudado para beneficiar as equipes que levam a torcida para o estádio, evitando assim prejuízos como o que o clube teve recentemente em jogo contra o Oeste que aconteceu em Manaus (AM): “Às vezes, o torcedor acha que vale essa mudança, mas o benefício é zero. Só temos despesas. Quem paga estes excedentes é o próprio Vasco. Contra o Oeste, por exemplo, tivemos um prejuízo de quase R$ 100 mil”. Curiosamente esta partida por pouco não acontece na Arena Pantanal, que cogitou a ‘compra’ do mando.
 
Como as equipes de menor expressão tem dificuldades para conseguir renda, optam por vender os mandos de campo contra as grandes equipes e aproveitam assim para cobrir os custos e também pagar os salários. Fato que no futebol brasileiro atual está cada vez mais difícil. Além disto, os considerados ‘pequenos’ ainda são os que menos recebem patrocínio e cotas da televisão.
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