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Jornalistas e gráficos da Folha do Estado ameaçam parar (veja fotos)

21 Nov 2011 - 21:45

Especial para o Olhar Direto - Renê Dióz

Foto: Renê Dióz

Téo Meneses é presidente do Sindjor

Téo Meneses é presidente do Sindjor

Jornalistas e gráficos do jornal Folha do Estado, um dos maiores impressos de Mato Grosso, podem cruzar os braços caso a diretoria do periódico não pague o salário de setembro até as 18h da próxima sexta-feira. Inicialmente, os profissionais exigiram o pagamento dos dois salários atrasados em até 48 horas, mas depois aceitaram o calendário de pagamento proposto pela Folha com o aviso de que deflagrarão greve caso alguma data seja desrespeitada pela empresa.


A Folha já havia se comprometido na Justiça do Trabalho a pagar os salários atrasados dos funcionários até o quinto dia útil de cada mês, como ressaltou o presidente do Sindjor, Téo Meneses, mas não cumpriu o acordo.

A decisão de cruzar os braços foi tomada esta noite em assembléia geral dos jornalistas, com apoio do sindicato dos gráficos, em frente à sede do jornal. O local foi escolhido de forma a chamar atenção da diretoria e a aglomeração se formou no local após um “twittaço” na internet durante toda a tarde.

As duas categorias vêm sofrendo atrasos de dois meses (setembro e outubro) no pagamento dos salários. Por causa disso, o Sindicato dos Jornalistas (Sindjor) convocou a assembléia geral, que provocou uma resposta da diretoria da Folha do Estado.

Um representante da diretoria apresentou um calendário de pagamento no qual a empresa também se compromete a pagar o salário de outubro até o dia 05, e discutir com os profissionais o valor dos juros referentes aos atrasos no dia 15 e a pagar o salário de novembro junto ao décimo terceiro até o dia 20 de dezembro.

Os atrasos nos pagamentos de salários têm sido recorrentes na Folha do Estado e até mais graves no Diário de Cuiabá, onde há funcionário com até quatro salários atrasados e motoristas em realidades semelhantes. Uma greve de um dia chegou a ser deflagrada no Diário, mas sem resultado. A única proposta que os trabalhadores receberam foi o pagamento dos atrasados em 16 parcelas de R$ 500,00.

Foi a situação nos dois impressos que gerou indignação entre os profissionais da imprensa e motivou a assembléia, mas as discussões se voltaram para o caso da Folha do Estado especificamente. Apenas um funcionário do Diário de Cuiabá compareceu à assembléia. No entanto, houve apoio por parte de sindicatos dos bancários, dos servidores da educação e da Central Única dos Trabalhadores.

“Essa assembléia não partiu do sindicato, mas de muitos funcionários que pediram porque não agüentavam mais os atrasos”, destacou Meneses, mencionando que há evidências do quanto a Folha e o Diário têm arrecadado cada vez mais às custas dos repasses feitos pelo governo do Estado e pela Assembléia Legislativa, mas sem realizar os devidos pagamentos.
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