Lúdio Cabral (PT) e José Riva (PSD), adversários na corrida ao Palácio Paiaguás, estão longe de serem considerados inimigos, mas travam nos bastidores da eleição uma guerra branca. É como se existisse um acordo de cavalheiros. Os dois miram as críticas em Pedro Taques (PDT), líder nas pesquisas, e não se atacam. A mesma regra, entretanto, não prevalece na busca por apoios políticos.
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Candidato da coligação ‘Viva Mato Grosso’, José Riva, por exemplo, tem avançado sem nenhum pudor em prefeitos que pertencem a partidos políticos da coligação ‘Amor a Nossa Gente’, encabeçada por Lúdio.
Hoje, o social democrata anunciou 3 novos apoios para sua campanha. Dois prefeitos do PMDB, Leuzipe Domingues e Eduardo Penno, de Alto da Boa Vista e Novo Santo Antônio, respectivamente, e Faustino Aquino (PROS), de Luciara.
O discurso dos prefeitos é de que o projeto político de Riva e o perfil municipalista representa melhor o que anseiam os hefes de Executivo no interior do estado.
“Entre os três principais candidatos, é o mais preparado. Tem experiência, é municipalista, apesar de meu partido fazer parte da coligação do candidato Lúdio Cabral (PT), o considero muito novo, ninguém o conhece no interior, por isso optei por Riva”, discursou Eduardo Penno.
O depoimento do prefeito de Novo Santo Antônio é a tônica de um dos principais problemas do candidato do PT. Forte em Cuiabá e Várzea Grande, Lúdio encontra dificuldade em penetrar no eleitorado do interior do estado, que não o conhece. Tudo isso não é novo para Lúdio, esse diagnóstico o candidato já possuia antes do pleito, o entrave é a falta de estrutura para construir a campanha fora da baixada cuiabana.
Na primeira parcial de prestação de contas à Justiça Eleitoral, Lúdio declarou ter arrecadado apenas R$ 66.920 mil, ficando atrás até mesmo do candidato do PSOL, José Roberto, que levantou R$ R$ 93.931.
A debandada que mais chama a atenção é a de prefeitos do PMDB, que tem a deputada estadual Teté Bezerra como vice, e o governador do estado, Silval Barbosa. A expetativa era de que o governador abraçasse a campanha do ex-vereador, mas o que se vê é o contrário. Nem Silval assume Lúdio e nem Lúdio assume Silval.
Nessa toada, prefeitos de cidades importantes como Nilson Santos, de Colíder, Juarez Costa, de Sinop, e Asiel Bezerra de Araújo, de Alta Floresta, não têm demonstrado muito ânimo para pedir votos a Lúdio. Os três são considerados como integrantes do núcleo duro do governador Silval. Lúdio, já com a experiência de ter disputada uma eleição majoritária em Cuiabá, se apega ao discurso de que fazer campanha sem dinheiro é o seu forte.
