Paparicado até pelo presidenciável Ciro Gomes e tratado como “gente de casa” pelo presidente da Executiva Regional, deputado Zeca Viana, ainda não foi desta vez que o juiz Julier Sebastião da Silva se filiou ao PDT. “Uma só andorinha não faz verão. Temos de unir as forças identificadas com as bases populares e construir uma alternativa para a Prefeitura de Cuiabá. Fazer um contraponto ao projeto que está aí”, afirmou ele, para a reportagem do Olhar Direto, ao lado de Ciro e do presidente do Diretório Nacional, Carlos Luppi.
 
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Todavia, apesar do comedimento, ele se comporta como quem realmente vai se filiar ao PDT. “O convite me foi formalizado pelo [ex] ministro [Carlos] Luppi, a quem respeito muito, por seu trabalho partidário. Mas devo responder ao convite dentro do calendário eleitoral”, justificou ele, ao citar que tem até 2 de abril de 2016 para assinar nova ficha de filiação.
 
Tudo indica que Julier teme perder o PMDB,  em sua aliança, se deixar a agremiação. “Sem dúvida, o PMDB é o maior partido do Brasil e tem grande projeto para melhorar  a vida do cuiabanos. É essencial que se olhe para frente, em busca de um novo modelo de gestão”, pontuou Julier Sebastião.
 
Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes disse que estará no palanque de Julier quantas vezes for convidado, em 2018, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Ele até recordou que, em 2000, então no PPS, apoiou à reeleição do prefeito Roberto França, na Capital; e Percival Muniz, em Rondonópolis. curiosamente, Percival é novamente prefeito e candidato á reeleição.
 
Ciro Gomes sugeriu ao presidente regional Zeca Viana que convide Roberto França para ingressar no PDT, “antes que seja tarde”. Zeca se comprometeu em dialogar com França, em poucos dias, para sentir seu interesse ou não de ingressar no PDT.  A reportagem do Olhar Direto apurou que frança está com um pé no PSDB, do governador José Pedro Taques.

Julier Sebastião foi juiz federal da Seção Judiciária de Mato Grosso até o ano passado. Ganhou projeção no combate ao crime organizado, principalmente depois da operação Arca de Noé, em 2002, com o então procurador Pedro Taques, que desmantelou o crime organizado no Estado e mandou para a cadeia o bicheiro João Arcanjo Ribeiro. No ano passado, Julier deixou a magistratura para sair candidato ao governo de Mato Grosso pelo PMDB, mas levou uma rasteira da Executiva Regional do partido e ficou fora da disputa.