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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Justiça Federal ouve testemunhas de defesa arroladas por Cerveró e Baiano

Testemunhas de defesa arroladas pelos advogados do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", participam nesta tarde de segunda-feira (2) de audiência na Justiça Federal, em Curitiba.


O juiz Sergio Moro ouvirá dois delegados da Polícia Federal: Marcio Adriano Ancelmo e Erika Mialik Marena.

Cerveró e Baiano respondem pelos crimes decorrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012. As irregularidades foram descobertas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Os réus, que estão preso na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense, estarão presentes na adiência.

Durante todo o mês março, a Justiça Federal terá oitivas com testemunhas indicadas pelos suspeitos investigados na Operação Lava Jato. Algumas audiências ocorrem presencialmente, e outras por meio de vídeoconferência de diferentes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Guaíra (PR), Paranaguá (PR), Londrina (PR), São Vicente (SP), Vitória (ES), Santo Agostinho (PE), Brasília, Belo Horizonte.

De acordo com denuncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México.

Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia.

Além dos dois, também foram denunciados nesta ação o doleiro Alberto Youssef – apontado como o líder do esquema bilionário de corrupção e lavagem na Petrobras – e o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal que chegou a firmar um acordo de delação premiada para passar informações sobre o esquema que fraudava licitações da estatal, conhecido como "clube".

O MPF solicita que os denunciados paguem R$ 296 milhões de devolução das propinas e também de indenização pelos prejuízos causados à estatal.

Outra denúncia
Cerveró e Baiano têm outra denúncia contra eles por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, em tramitação.

Em depoimento à Justiça Federal em outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef contou que Fernando Soares operava a cota do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. Conforme o doleiro, Soares fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal. O PMDB e a empreiteira negam as acusações.

Além do ex-dirigente da petroleira e do lobista, o MPF também denunciou o advogado uruguaio Oscar Algorta, acusado pelos procuradores da República de ter lavado parte do dinheiro desviado da Petrobras ao comprar uma cobertura de luxo no Rio de Janeiro em nome da offshore uruguaia Jolmey, com o objetivo de tentar ocultar que o ex-diretor da área internacional era o verdadeiro dono do imóvel.

Ainda segundo o MPF, Oscar Algorta foi o "mentor intelectual" da operação de lavagem de capitais que beneficiou Cerveró. "O objetivo de Cerveró e Algorta era simular uma locação do imóvel como forma de ocultar a real propriedade do bem e evitar que Cerveró pudesse ser alvo de investigação por enriquecimento sem causa – e claro, de corrupção", diz trecho da denúncia.
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