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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Luan vinga foguetório cruzeirense com título: "Mais pilhado ainda"

Luan parece a personificação daquela imagem, comum em filmes americanos ou desenhos animados, do anjinho e do diabinho soprando orientações diferentes no ouvido do protagonista. No dia seguinte à conquista da Copa do Brasil sobre o Cruzeiro, a impressão é de que um deles diz ao atacante: “Pare com isso, menino, não fique cutucando o rival”. E que o outro discorda: “Continua! Continua! A torcida adora isso, cara!”. Fato é que Luan, encerrada a partida desta quarta-feira, disse que a Raposa treme quando enfrenta o Atlético-MG. Também é fato que, horas depois, com a medalha de campeão pendurada no pescoço, ele se diz arrependido pela provocação. Será?


O lance é que Luan estava bufando de vontade de vencer o Cruzeiro. Por todos os motivos gerais que fazem um jogador querer bater o rival, mas também por uma razão particular. É que como o Galo aboliu a concentração para seu elenco, os atletas dormem em casa nas vésperas de partidas. E cruzeirenses aproveitaram a situação para soltar fogos na residência do atacante. Luan entrou em surto. Afinal, é pai de Lara, uma bebê de cinco meses que teve o sono prejudicado pelo barulho.

- Algumas declarações minhas foram um desabafo. Jogaram muitos fogos na frente da minha casa na terça-feira. Tenho uma criança pequena. Fiquei muito chateado. Isso me deixou mais pilhado ainda – disse o jogador.

Mas aí o diabinho metafórico sopra no ouvido de Luan. E ele lembra que a torcida do Atlético costuma cantar que o Cruzeiro treme em clássico (“Maria, eu sei que você treme sempre que o Galo vai jogar”, diz a letra, no ritmo da música cantada pelos argentinos na última Copa). E que levou isso em conta ao formular a frase.

- Não é que eu tenha me arrependido. Às vezes, quando você coloca a cabeça no travesseiro, pensa que não deveria ter feito aquilo. São crianças, adolescentes, vendo aquilo. Mas é o que o torcedor atleticano canta. A equipe do Cruzeiro mereceu ganhar o Brasileiro. Durante a semana, falei que quem tem boca fala o que quer. Eu falei o que quis naquele momento. Pode ser que tenha me arrependido depois, mas é o que a torcida do Galo canta na música. Quis também falar. Faz parte do futebol uma provocaçãozinha. A gente estava muito pilhado. Falamos bastante entre a gente, nos bastidores. É mais que merecido o título. Se o Atlético não fosse campeão, seria injusto.

Lesão, sonho mundial e relação com o Galo

Luan mancava bastante nesta quinta-feira. Torceu o joelho ainda no primeiro tempo do clássico. Teve que ser substituído. Ele passará por exames nesta sexta e se mostra preocupado com a lesão – também está com um problema de articulação no ombro. Certamente não jogará mais em 2014.

- Para me tirar do jogo, a dor tem que ser muito forte. Ainda mais buscando a artilharia. Espero que não seja nada grave. Quero tranquilizar o torcedor. Quero voltar ano que vem zerado para conquistar a Libertadores inteiro. 
O sonho de reconquistar a Libertadores tem um motivo: levar ao Mundial. A decepção do ano passado não foi digerida por ele. O atacante diz que o Galo menosprezou o Raja Casablanca, do Marrocos, time que o eliminou nas semifinais do torneio.

- Fechamos o ano bem, com um título importante, que faltava na galeria do Atlético. Falta um ainda. E quero conquistar. Quero voltar a essa Libertadores e quem sabe ir ao Mundial para conquistar o que deixamos de conquistar. Desprezamos o adversário lá. Essa é a palavra certa. Desmerecemos e fomos surpreendidos. Quero conquistar esse título para o torcedor atleticano.

Luan faz questão de se identificar com a torcida do Galo. Sabe que ela gosta de seu estilo em campo – sua correria, sua fama de maluco. 

- Sou atleticano. Amo o Galo. Foi o clube em que mais me identifiquei. Espero continuar aqui e conquistar títulos. Se um dia eu sair, quero voltar pro Atlético. (...) O torcedor atleticano é apaixonado. Não existe uma torcida igual. Isso é nítido. Em todo lugar que eu vou, as pessoas só falam da torcida: “Que torcida maluca, que torcida louca”. Eu me identifico, porque também sou meio maluco.
 
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