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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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MP denuncia suposto serial killer por morte de jovem em ponto de ônibus

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu nova denúncia à Justiça contra o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26, o suposto serial killer de Goiânia. Ele foi acusado pelo homicídio de Ana Lídia de Sousa, 14, baleada em um ponto de ônibus do Setor Conjunto Morada Nova em 2 de agosto do ano passado.


A denúncia foi encaminhada ao Judiciário na quarta-feira (14) pelo promotor Carlos Alberto Fonseca. O vigilante já responde na Justiça pelo homicídio de Rosirene Gualberto da Silva, 29, além de dois roubos a uma agência lotérica na capital. Ele aguarda julgamento preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana.

No caso da morte de Ana Lídia, Tiago é acusado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e morte mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A meninaaguardava uma condução para se encontrar com a mãe na Feira da Lua, no Setor Oeste. Segundo a Polícia Civil, dos três tiros disparados pelo suspeito, dois atingiram o peito da garota. O motociclista fugiu logo após o crime sem levar nenhum pertence da vítima.

Segundo a polícia, o homicídio de Ana Lídia foi um dos 29 confessados por Tiago da Rocha. Para o promotor, o motivo torpe consta no fato de o acusado ter cometido o crime pela “satisfação mórbida de prazer” que sente ao matar, conforme relatado pelo vigilante em depoimento aos policiais. Consta ainda na denúncia do promotor que teve resultado positivo o confronto balístico entre a bala extraída do corpo da vítima e a arma apreendida na residência do suposto serial killer.

Crime
Na ocasião do crime, câmeras de segurançaregistraram imagens do suspeito de matar a garota. Nas imagens, a vítima aparece caminhando em direção ao ponto de ônibus. Em seguida, o motociclista é visto trafegando no mesmo sentido que a estudante. Minutos após o crime, o homem passa no sentido oposto à parada de ônibus.

O assassinato da menor aumentou a desconfiança da população em relação a um assassino em série devido às semelhanças entre este e vários crimes anteriores. Nos casos, o motociclista sacava a arma, disparava contra a vítima e fugia sem levar nada. Apesar das semelhanças, na época a polícia afirmava que não acreditava na existência de um serial killer na capital.

Depois do homicídio de Ana Lídia, foi criada uma força-tarefa da Polícia Civil, em 3 de agosto, para investigar os assassinatos. Participaram do grupo de investigação 16 delegados, sendo os nove da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), três que atuam em outras delegacias e mais três do interior do estado. Além deles, 30 agentes e dez escrivães também integraram a equipe.

Prisão
Pouco mais de dois meses após a instauração da força-tarefa, no dia 14 de outubro de 2014, Tiago da Rocha foi preso em Goiânia. Na ocasião, ele confessou à Polícia Civil ter matado 39 pessoas desde 2011. Entretanto, segundo informou o delegado Murilo Polati, o vigilante prestou novos depoimentos na companhia de advogados e reduziu o número de confissões para 29.

Além dos crimes investigados pela força-tarefa da polícia, ele também confessou  assassinatos de homossexuais e moradores de rua.

O vigilante ficou em uma cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) por oito dias. No local, segundo revelou o delegado Eduardo Prado, o suspeito afirmou aos policiais que "estava com vontade de matar".

No dia 22 de outubro, Tiago foi transferido para o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. Durante a transferência, mesmo escoltado por 20 policiais, ele conseguiu agredir um fotógrafo com um chute no abdômen antes de ser colocado no carro da polícia. No dia seguinte, o delegado Murilo Polati afirmou, durante entrevista coletiva, que o vigilante voltou a fazer ameaças de morte, desta vez, para os detentos do Núcleo de Custódia.

Atualmente, a unidade informou que o jovem não tem apresentado sinais de agressividade e passa a maior parte do tempo lendo na própria cela, onde fica sozinho. “Desde a chegada dele ao Complexo Prisional, não manifestou nenhum comportamento anormal. Ele está com a rotina normal: banho de sol, alimentação, está sendo acompanhado por psicólogos e não manifestou nenhum comportamento agressivo”, relatou o gerente regional prisional, Leandro Ezequiel.
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