Mato Grosso possui um total de 9.210 mandados de prisão expedidos e desse montante, apenas 2.966 foram cumpridos, o que representa que 6.244 pessoas estão foragidas da Justiça no Estado. Os dados são da Corregedoria Nacional de Justiça em pesquisa realizada no mês de dezembro junto ao Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e denotam que apenas 30% das ordens foram cumpridas. Apesar de disponibilizar os números, o banco não detalha quantas pessoas estão foragidas já que um mesmo indivíduo pode possuir mais que uma ordem de prisão expedida.
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No Centro-Oeste do país, Mato Grosso é o terceiro em mandados de prisão em aberto. O estado de Goiás é o primeiro lugar com 24.406, e, segundo lugar Mato Grosso do Sul com 9.543 e o Distrito Federal ocupa a quarta posição, com total de 7.997. Em números absolutos, a maior quantidade de mandados expedidos encontra-s em São Paulo, que acumula um total de 102.880 ordens. Também na região Sudeste do país, Minas Gerais aparece com 43 mil mandados em aberto.
Em Mato Grosso, há uma unidade da Polícia Judiciária Civil específica para o cumprimento dessas ordens, a Gerência Estadual de Polinter. Essa unidade é responsável pelo cumprimento dos mandados de prisão, cadastramento, envio e recebimento de cartas precatórias e recambiamento de presos interestaduais. No entanto, todas as polícias realizam ações e abordagens que culminam em uma série de prisões.
A realização das abordagens nas ruas, durante operações e barreiras policiais são consideradas como estratégias para o cumprimento das ordens no Estado que conta com efetivo de cerca de seis mil policiais.
O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, informou ao
Olhar Direto que somente no ano passado foram realizadas 23 mil prisões, muitas delas em ações integradas. Cita que investimentos na região de fronteira foram feitos e vão incidir na redução da criminalidade. “Mato Grosso apreendeu mais de quatro toneladas de entorpecentes”.
A Resolução nº 137, que regulamenta o BNMP, prevê o registro de prisões temporária, preventiva, preventiva determinada ou mantida em decisão condenatória recorrível, definitiva, para fins de deportação, para fins de extradição e para fins de expulsão. Segundo a resolução, uma das finalidades do banco de dados é facilitar o conhecimento por qualquer pessoa e o cumprimento de diligências por parte das autoridades policiais, assim como auxiliar os juízes no exercício de sua jurisdição.
Tecendo uma avaliação sobre a questão da violência, Bustamante avalia que nos últimos sete anos, a segurança pública realizou dois grandes concursos públicos que resultaram na incorporação de mais de seis mil policiais, mas reconhece que o número ainda é pequeno e por isso investimentos são contínuos na área de inteligência e no equipamento tecnológico.
