O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que têm razão os que comparam o "massacre horroroso" de mais de 540 palestinos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza com a perseguição que viveu o povo judeu por parte de Adolf Hitler.
"Massacre horroroso, horroroso. Têm razão os líderes do mundo que o comparam com o massacre que viveu o próprio povo judeu pelas mãos da direita intolerante que teve seu líder máximo em Hitler", afirmou Maduro a jornalistas após se despedir no aeroporto de Caracas do presidente da China, Xi Jinping.
"A direita intolerante europeia perseguiu durante um século ou mais os judeus e aplaudiram os crimes contra o povo judeu na Polônia, na Hungria, quando conquistaram parte da Rússia (...) e diziam que era legítima defesa de Hitler", sustentou Maduro.
"O mesmo dizem hoje os judeus sobre o assassinato de meninos e meninas. Já são mais de 600 palestinos assassinados em suas casas", assegurou.
Desde que o atual conflito palestino-israelense explodiu em 8 de julho, mais de 570 palestinos morreram, em sua maioria civis, e mais de três mil ficaram feridos em bombardeios do Exército israelense contra Gaza.
Além disso, 18 soldados israelenses morreram em ações de combate e um civil e um beduíno faleceram ao serem atingidos por um dos mais de mil foguetes lançados pelas milícias palestinas contra Israel.
O deslocamento de população segue aumentando, até superar as 100 mil pessoas, segundo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
Na busca de uma saída, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, exigiu hoje no Cairo que os combates entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, que qualificou de "inaceitáveis", devem "cessar agora".