O ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR) negou a especulação de sua possível saída do Partido da República para ingressar no Partido Liberal, em fase embrionária, a ser recriado pelo ministro Gilberto Kassab (PSD), das Cidades. “Não! Eu não saio do PR. Nem sei de onde tiraram isso. Permaneço quieto, por aqui”, assegurou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
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Maggi revelou ter aceitado as ponderações do deputado estadual Mauro Savi (PR), descontente nas hostes republicanas, que está articulando a criação do PL em Mato Grosso, ao lado do ex-deputado federal Roberto Dorner (PSD) e alguns prefeitos. “Há algum tempo conversamos sobre isso. Ele falou que não está contente. Eu disse que iria conversar com a Executiva [Regional do PR] sobre a liberação dele”, explicou o ex-governador.
 
Desde que perdeu a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia, quando pretendia se reeleger para Primeira Secretaria, Savi está em ‘pé de briga’ com o Diretório Regional do PR. Na época, o único que apoiou-o publicamente foi Blario Maggi, chegando a se reunir, no Palácio Paiaguás, com o governador José Pedro Taques (PDT) para pedir que não rejeitasse Mauro Savi.
 
Caso o Diretório do PR não autorize a saída de Mauro Savi, qualquer um dos suplentes do Partido da República podem reivindicar a sua cadeira, na Assembleia Legislativa, por infidelidade partidária. “Não tratei disso ainda com o partido”, pontuou.
 
Blairo Maggi confirmou que foi sondado por Kassab e nada mais que isso. O ex-prefeito de São Paulo e atual ministro das Cidades está saindo do PSD para fundar o PL e abarcar descontentes de outras siglas, principalmente PMDB e DEM. “Estou vendo a ‘movimentação’ [para criação de um novo partido], mas não estou envolvido. O fato que de conversar com o ministro é normal”, ponderou ele.
 
À distância
Blairo Maggi não quis avaliar a atuação do governador Pedro Taques até o momento. “Estou focado no Senado [em Brasília]. Só sei que ele está trabalhando muito”, argumentou ele.

O senador republicano não quis avaliar a possibilidade de a bancada do PR, na Assembleia Legislativa, vir a apoiar o governo Taques. “Isso não foi discutido institucionalmente [dentro do PR]. Vamos esperar”, resumiu Maggi.