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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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VERGONHA NACIONAL

Maior revista de economia do Brasil detona valor e falta de planejamento da obra do VLT de Cuiabá, e não enxerga ‘legado’

Foto: Wesley Santiago / Olhar Direto

Maior revista de economia do Brasil detona valor e falta de planejamento da obra do VLT de Cuiabá, e não enxerga ‘legado’
Pelo menos o valor global, o cronograma de execução e a data de entrega deveriam ser respeitados e, por consequência, reduzir o custo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ligando Várzea Grande às regiões Norte e Sul de Cuiabá, que deveria ser inaugurado no primeiro semestre do ano passado, cujas obras estão paralisadas. A constatação partiu da Revista Exame, uma das mais conceituadas do Brasil na cobertura de economia e política, em reportagem publicada nesta semana abordando a obra do VLT e mostrando alguns de seus principais defeitos – quase todos sobejamente conhecidos pelos mato-grossenses, inclusive em diversas reportagens do Olhar Direto.


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O que deveria ser o maior legado para Mato Grosso pós-Copa do Pantanal Fifa 2014 em Cuiabá, segundo a Exame, se transformou num dos maiores pesadelos. A reportagem é ilustrada com vagões do VLT expostos às intempéries, nos fundos do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
 
“A um custo de R$ 1,5 bilhão, seria o maior investimento em mobilidade urbana da história de Mato Grosso. A linha deveria começar a operar no início do ano passado, com 22 quilômetros de extensão e 33 estações. Mas até agora, tudo o que ficou pronto, foram 800 metros de trilhos. Há 40 vagões estacionados num pátio nos arredores de Cuiabá, expostos ao clima quente e úmido da cidade e acumulando a poeira vermelha da região”, diz um dos trechos na primeira metade da reportagem.   
   
“Os projetos eram incompletos e o pouco que saiu do papel foi mal executado. Acessos às avenidas que circundam a linha do VLT seguem interditados por causa da obra inacabada, causando congestionamentos no horário de pico”, detona trecho publicado por Exame.
 
Ouvido pela revista, o empresário Eduardo José Magalhães, presidente do Sindicato dos Bares e Hotéis de Mato Grosso, lamenta a situação da Grande Cuiabá.  “Há regiões da cidade parecendo canteiro de obras, o que deixa Cuiabá feia e inóspita”, afirmou Magalhães, em entrevista à publicação nacional.
  
O governo de Mato Grosso, já sob o comando do governador José Pedro Taques (PDT), projetou que, para terminar a obra, necessita de mais R$ 700 milhões, citando estudo da Controladoria Geral do Estado (CGE). “As obras estão paradas desde dezembro, porque não há dinheiro para tirar o do orçamento”, diz a revista.
 
O fisco do VLT é utilizado pela revista para demonstrar que as obras, no ‘país do futebol’, são executadas sem planejamento. Exame aponta estudos da Fundação Dom Cabral que dão conta de que, no Japão, 40% do tempo de uma obra é gasto em planejamento e, na Alemanha, quase 50%, enquanto no Brasil consome menos de 20%.
 
Nesse contexto, as obras do VLT são comparadas com o Metrô de São Paulo e até mesmo a transposição do rio São Francisco, no Nordeste, além de outras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como resultado final, a Exame coloca em xeque a competência e a idoneidade do governo anterior em Mato Grosso. 
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