O ex-vereador e advogado Paulo de Campos Borges faleceu na madrugada desta segunda-feira (8), vítima de câncer no pulmão, aos 75 anos. Ele estava internado há dias no Hospital Jardim Cuiabá e desde 2014 lutava contra a doença.
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O velório começa às 10 horas, na Capela da Funerária Dom Bosco, e o enterro está previsto para ocorrer às 17 horas, no Cemitério da Piedade – área central de Cuiabá.
Paulo Borges era advogado e foi vereador por quatro mandatos, tendo sido primeiro secretário e presidente da Câmara de Cuiabá. Foi conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OBA) em Mato Grosso e membro da Diretoria Executiva.
Todavia, se notabilizou por sua capacidade de articulação e influência sobre os colegas. Assim, em 1991, foi convencido pelo então deputado Luiz Soares e economista Paulo Ronan Ferraz a ingressar no à época incipiente PSDB, atual partido do governador José Pedro Taques. Isso tornou Paulo Borges o primeiro vereador do PSDB de Cuiabá, deixando o PFL – que na época estava no poder com o governador Jaime Campos. O segundo vereador tucano foi Mário Nadaf, hoje no exercício de um novo mandado no Poder Legislativo da Capital, mas agora pelo Partido Verde (PV).
Era um período em que os detentores de mandato raramente mudavam de partido. E, principalmente, ainda mais raro: sair da situação e migrar para a oposição.
Mesmo sem ser candidato, Campos Borges se manteve ativo na política, sempre presente nas campanhas do filho Paulo Borges Júnior, duas vezes vereador por Cuiabá. E, mantendo-se ativo na vida pública, participou coordenação das campanhas de José Pedro Taques, vitoriosas em 2010 para o Senado e, depois, em 2014 para o governo de Mato Grosso.
Apaixonado pelo Clube Esportivo Dom Bosco, Paulo Campos Borges também foi conselheiro e membro da Diretoria do Leão da Colina Iluminada. Mais antigo clube de Cuiabá, com Paulo Borges, Joaquim de Assis e outros abnegados, o Dom Bosco fez em 1978 a melhor campanha da história de Mato Grosso no Campeoanto Brasileiro da Série A, ficando na 15ª colocacação - o melhor do Centro-Oeste no ano. Atualmente a Série A do Brasileirão possui 20 clubes e, numa disputa hipotética, se o Dom Bosco repetisse o feito de 1978 não seria rebaixado.
Ao lado dos vereadores Roberto Nunes, Wilson Santos e José Antônio Rosa (Legislatura 1989-1992), Paulo Borges foi um dos sub-relatores da Câmara Constituinte de Cuiabá, em 1989, que elaborou a atual Lei Orgânica do Município. O relator da Lei Orgânica foi o então vereador e atual deputado Emanuel Pinheiro.
Já jurista renomado, foi o relator do atual Regimento Interno da Câmara de Cuiabá. Embora tenha passado por três reformas nos últimos anos, o cerne do Regimento Interno ainda é o mesmo elaborado pela equipe de Paulo Borges, em 1989-90.
Com o à época vereador e ex-senador Antero Paes de Barros Neto, marqueteiro do governador Pedro Taques, foi um dos autores da lei que instituiu a meia-passagem para estudantes de Cuiabá, precursora do atual passe livre estudantil. Também é dele, ao lado do vereador Arnaldo Carmarão (
in memorian), a lei que deu nome do pioneiro Pascoal Moreira Cabral à sede do Poder Legislativo da Capital.
Campos Borges foi eleito vereador pela primeira vez em 1982, sendo reeleito sucessivamente em 1988, 1992 e 1996. Foi presidente da Câmara de Cuiabá no biênio 1991-92.
Paulo Borges deixa a esposa Vanilza Borges e o três filhos: Paulo Borges Júnior, ex-vereador e atual secretário de Habitação de Cuiabá; Carla e Cláudia Goreti.
