Os médicos que atuam na rede pública de Cuiabá param os atendimentos a partir do meio-dia de hoje, 10 de abril.  Em assembleia realizada nesta semana a categoria deliberou quanto ao movimento em razão do descumprimento de acordo firmado com a Prefeitura de Cuiabá em fevereiro deste ano.  Em nota, o Executivo avaliou que a  decisão quanto a suspensão dos serviços é considerado precipitado.

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Entre as reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) estão: segurança no ambiente de trabalho em razão de episódios de agressões envolvendo profissionais da saúde, aumento do número de profissionais para atendimento a população nas Unidades de Pronto-Atendimento e Policlínicas instaladas em Cuiabá, assim como melhores condições estruturais para o desenvolvimento das atividades e um plano de carreira para classe.  
 
Em fevereiro, o movimento grevista foi suspenso após a intermediação da desembargadora Clarice Claudino da Silva, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e do juiz Hildebrando Costa Marques, coordenador da Central de Conciliação e Mediação do Judiciário estadual.

Na época, foi acordada a criação de uma comissão composta inicialmente por 10 membros, sendo quatro indicados pelo Sindimed e quatro da Prefeitura de Cuiabá, com prazo de  60 dias para apresentação de uma proposta à Central de Conciliação e Mediação sobre a reposição salarial e o plano de carreira solicitado pela categoria.
 
Outro Lado
 
Em nota, a Prefeitura de Cuiabá reiterou o diálogo com a classe e afirma que o movimento é precipitado considerando acordo firmado em fevereiro deste ano perante o Tribunal de Justiça.

"A respeito do indicativo de paralisação dos médicos previsto para esta sexta-feira (10) este é considerado indevido, visto que as negociações ainda não foram exauridas uma vez que as propostas estão na mesa de negociação junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, portanto a paralisação ou qualquer outro movimento grevista que venha a ser praticado pelo Sindicato dos Médicos é considerado precipitado e por isso a Procuradoria do município estará tomando as medidas cabíveis".

Em outro trecho, esclarece "o município cumpriu boa parte dos acordos firmados em reunião realizada em fevereiro de 2015, com prazo estipulado de até 60 dias para cumprimento de todos os acordos, portanto alguns ainda estão sendo providenciados. Informamos ainda que uma reunião de conciliação já está marcada para o dia 17 de abril no Tribunal de Justiça com o prefeito Mauro Mendes e representantes do Sindimed com a presença da desembargadora Clarice Claudino".