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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Mensalão: Defesas do deputado Pedro Henry e do ex-deputado Pedro Corrêa serão ouvidas hoje no STF

Foto: Divulgação

Mensalão: Pedro Henry tenta provar inocência no maior julgamento da história do STF

Mensalão: Pedro Henry tenta provar inocência no maior julgamento da história do STF

O julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) terá nesta quinta-feira as defesas do deputado mato-grossense Pedro Henry (PP-MT) e do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que respondem por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. A sessão está marcada para as 14h. É por causa de Henry e de mais dois deputados que são réus, João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) que todo o julgamento está sendo feito pelo Supremo, porque os três têm foro privilegiado, por serem parlamentares. 


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Pedro Henry será defendido pelo advogado José Antônio Duarte Álvares e Pedro Corrêa, por Marcelo Leal de Lima Oliveira. Ambos devem alegar que os clientes são inocentes das acusações e possivelmente tentarão limitar qualquer recebimento de dinheiro a um esquema de caixa dois de campanha, descaracterizando a compra de apoio ao governo na Câmara, que é a base da acusação no caso do Mensalão.

Também serão ouvidas as defesas de outros três réus. Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, que responde corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pizzolato será defendido por Mário de Oliveira Filho. A defesa de João Cláudio Genu – ex-assessor do deputado José Janene (morto em 2010) –, que responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, será feita pelo advogado Maurício Maranhão de Oliveira.

Já Enivaldo Quadrado, dono da corretora Bonus-Banval, acusado de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, será defendido pela advogada Priscila Gioia.

O Olhar Direto e o Olhar Jurídico fazem a cobertura ao vivo do julgamento, diretamente do Siupremo Tribunal Federal (STF), com informações minuto a minuto, notícias dos bastidores e análises em tempo real, a partir das 13h30 (horário de Brasília).

Sexto dia no STF

A sessão de hoje será a sexta desde o início do julgamento na semana passada. O primeiro dia foi gasto na discussão de um pedido das defesas para que os réus sem foro privilegiado fossem julgados não pelo STF, mas por tribunais comuns. O pedido foi negado. Na sexta-feira (3), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fez todas as acusações e pediu a condenação de 36 dos 38 réus.

Gurgel disse que o momento é histórico e que deve haver a garantia de um julgamento justo a todos.

Para o procurador, os excluídos da relação de culpados devem ser o ex-ministro Luiz Gushiken e Antônio de Pádua de Souza Lamas, ex-assessor do PL (atual PP) na Câmara. No caso de ambos, ele disse não haver provas de culpa. Gurgel reclamou ainda de ter sido pressionado.

Núcleo financeiro do Mensalão

Ontem (8) o dia também foi dedicado às defesas. Dos cinco réus, três eram ligados ao chamado núcleo financeiro - acusado de viabilizar empréstimos fraudulentos para distribuir dinheiro aos políticos.

Os advogados reiteraram a inocência de seus clientes. O advogado José Roberto Leal, quefalou em nome do ex-ministro Luiz Gushiken, argumentou que não existem provas contra ele. Gushiken foi inocentado pelo Ministério Público Federal.

O cronograma definido pela Suprema Corte determina que a fase da defesa acabe por volta do dia 15. A ideia é manter a agenda para garantir que todos os 11 ministros participem do julgamento.

O esforço é para que a etapa de votação dos ministros – quando cada um apresenta seu voto e argumentos – comece logo em seguida e assegure a participação de Cezar Peluso. O ministro se aposenta compulsoriamente aos 70 anos em setembro.
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