O volume de água do Sistema Cantareira recuou 0,2% e do Alto Tietê 0,1 ponto percentual nesta sexta-feira (25). Segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o Cantareira chegou aos 16,2%, enquanto o Alto Tietê atingiu a marca de 21,7%. Com volume um pouco mais elevado que os demais, o Sistema Guarapiranga também apresentou diminuição e o manancial chegou aos 66,5%.

Após a utilização do volume morto do Cantareira, chegou a vez do Sistema Alto Tietê ter a reserva técnica que fica abaixo das comportas usada. Admitindo o esgotamento do segundo principal manancial que abastece a Grande São Paulo, a Sabesp anunciou, na última segunda-feira (21), que pretende retirar 25 bilhões de litros das reservas profundas de duas das cinco represas que formam o sistema.

Cinco meses após ter iniciado o "bombardeio" de nuvens para tentar fazer chover no Sistema Cantareira, a Companhia vai repetir a estratégia no Alto Tietê. A concessionária assinou um novo contrato com a empresa Modclima, no valor de R$ 3,68 milhões, para induzir chuvas artificiais sobre as represas do segundo maior manancial da Grande São Paulo.

Passados quatro meses do anúncio feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o polêmico projeto de transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira continua sem consenso com os Estados vizinhos e sob o risco de não sair do papel neste ano.

Em março, Alckmin havia dito que iniciaria a obra de R$ 500 milhões até julho para concluí-la em 14 meses. Agora, o governo paulista disse que vai detalhar a proposta, que visa a socorrer o manancial em crise, apenas em setembro.